Belo Horizonte registrou 14 mortes em 24 horas provocadas pelo novo coronavírus. O total de óbitos chegou a 118 e os casos confirmados da doença estão próximos dos 5 mil.
Os números de óbitos podem aumentar, já que 38 mortes ainda estão em investigação. Os dados são do Boletim Epidemiológico e Assistencial da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), desta quinta-feira (25). O informe aponta que, das vítimas, 62 são mulheres e 56 são homens.
O informe do Executivo municipal também trouxe o detalhamento de óbitos por região. A Nordeste concentra o maior número de vítimas na cidade – 17. Confira a lista:
- Nordeste – 17
- Noroeste – 16
- Leste – 15
- Centro-Sul – 14
- Venda Nova – 14
- Oeste – 12
- Pampulha – 11
- Barreiro – 10
- Norte – 9
A capital tem 4.977 casos confirmados da Covid-19, 3.910 pessoas recuperadas e outros 949 pacientes em acompanhamento.
Leitos
A ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratar a Covid-19 teve aumento e a ocupação está em 85%. No total, são 312 leitos. Já os leitos de enfermaria apresentaram redução no uso e a ocupação está em 69%. O município tem 781 leitos de enfermaria.
O aumento no número de casos atrelado à ocupação dos leitos pode fazer com que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) decrete lockdown na cidade (saiba mais sobre o conceito aqui). Nesta sexta-feira (26), acontecerá uma entrevista coletiva na PBH para apresentar as ações de combate ao novo coronavírus.
O que é lockdown
De acordo com Arthur Chioro, médico sanitarista e ex-Ministro da Saúde (2014-2015), o lockdown seria uma graduação mais intensiva do processo de isolamento. “É quando você toma, dada a gravidade da situação por alguma doença fora de controle, uma medida rígida para buscar o maior grau de isolamento social possível. Dessa forma, somente os serviços essenciais são preservados. Todo o resto é fechado, e restringe-se também a circulação de pessoas”, explicou ao BHAZ, na última segunda-feira (22).
De acordo com o ConJur, no lockdown, há uma limitação de alguns direitos básicos, especialmente de ir e vir e reuniões. Por isso, há quem questione se a medida não é inconstitucional. A Constituição só permite a restrição desses direitos fundamentais pelos estados de defesa ou de sítio e, até o momento, não foram declarados, somente o de calamidade pública.
O especialista ainda explica que o lockdown dura, geralmente, um mês. “É preciso que as pessoas fiquem em casa por um período suficiente para se interromper a cadeia de transmissão. Ou que a taxa fique abaixo de 1, ou seja, que um paciente passe a transmitir para menos de uma pessoa”.
Reforce a proteção contra o vírus
A SES-MG orienta que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.