Ricardo Nunes deu dicas para ter sucesso um dia antes de ser preso

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O empresário foi preso nesta manhã por suspeita de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro (Instagram + Google Streetview/Reprodução)

Um dia antes de ser preso, o empresário Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro, respondeu perguntas no Instagram. Ele discorreu sobre dicas para ser um empresário bem-sucedido. Na noite dessa terça-feira (7), ele afirmou que o sucesso só pode ser fruto de “muito trabalho” e que um empresário precisa “aguentar apanhar”.

Ricardo foi questionado por um seguidor sobre como ele conseguiu “ser esse sucesso”. Nunes respondeu que foi preciso trabalhar muito. “Além disso, a pessoa tem que aguentar apanhar. Quem aguenta apanhar mais, que aguenta mais porrada, é o cara que tem mais sucesso. São poucos que aguentam a pressão”, declarou o empresário, que foi preso na manhã desta quarta-feira (8) (leia aqui). Ele é suspeito de não repassar o dinheiro arrecadado em impostos para o governo de Minas.

Outro seguidor perguntou se, como empresário, é possível “acreditar em um futuro econômico melhor” para o Brasil. Para Ricardo Nunes, os juros de 2,25% ao ano [valor da taxa Selic] são “uma grande oportunidade para crescer, que vai abrir muitas portas”.

Prisão

O empresário Ricardo Nunes foi preso nesta manhã, por suspeita de crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. Além dele, outras duas pessoas foram alvos de mandados de prisão. Nunes foi detido em São Paulo e será trazido para o sistema prisional de Minas Gerais. A filha do empresário, Laura Nunes, também foi detida. Uma pessoa ainda não foi localizada.

A suspeita é a de que o trio, que fazia parte do quadro de sócios da empresa, desviaram cerca de R$ 400 milhões em impostos que deveriam ser repassados ao governo Estadual. O crime teria sido cometido por, ao menos, cinco anos. De acordo com o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), a Ricardo Eletro cobrava o imposto dos consumidores, embutido no preço dos produtos, mas não fazia o repasse ao Estado. A prática também ocorria em outros locais do país.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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