A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) acaba de anunciar, no início da tarde desta sexta-feira (11), a liberação de aulas coletivas em academias – o que inclui a atividade crossfit -, de novos parques e do comércio aos sábados. Este último, inclusive, já passa a valer amanhã (12): quem precisar fazer compras, pode aproveitar as lojas de rua das 9h às 17h.
“Nossa taxa de transmissão estava em 0,95 – a taxa de ocupação de enfermarias em 42% e a taxa de UTI, 43%. Isso quer dizer que todos os nossos indicadores hoje estão no verde”, iniciou o secretário de Saúde de BH, Jackson Machado. “Com base nesses números, o comitê resolveu que as academias estão liberadas para atividades coletivas. Lojas de rua abertas de segunda a sexta e aos sábados, das 9h às 17h”, anunciou.
Portanto, o comércio anteriormente liberado para funcionar de segunda a sexta, agora, pode abrir as portas também aos sábados. A liberação de venda de bebida alcoólica para bares e restaurantes – às sextas (das 17h às 22h) e aos sábados e domingos (das 11h às 22h) – também continua.
“É muito importante dizer que a pandemia não acabou. É importante dizer que a pandemia continua exigindo todos os cuidados. Em termos coletivos o número de casos tem diminuído, a ocupação diminuiu, mas os casos que estão internados continuam sendo muito graves. O uso da máscara não acabou, a higienização das mãos não acabou”, alertou Machado.
A liberação de aulas coletivas em academia, inclusive crossfit, é imediata.
Parques
A prefeitura também anunciou a reabertura de mais parques a partir do dia 19 deste mês, um sábado. “A partir do sábado da semana que vem, estarão disponíveis mais três parques: Renato Azeredo, no Palmares (região Nordeste de BH); Aggeo Pio Sobrinho, no Buritis (Oeste) e o parque da Serra do Curral (Sul) liberados”, afirmou o secretário de Saúde.
“As demais atividades permanecem como estão”, resumiu.
Retomada gradual
No fim do mês passado, o Executivo municipal já havia anunciado a ampliação dos dias de funcionamento do comércio. Os estabelecimentos, que só tinham autorização para funcionar em três dias da semana, voltaram a abrir de segunda a sexta pela primeira vez desde o fechamento do comércio não essencial, há quase seis meses.
A retomada das atividades em todos os dias úteis foi comemorada pelo sindicato de lojistas e por milhares de belo-horizontinos que estavam insatisfeitos com o “sufocamento” do setor. No entanto, o secretário municipal de Sáude, Jackson Machado, já alertou que o avanço na flexibilização não significa que a população pode relaxar. “Não é hora de chutar o pau da barraca e fazer churrasco, festa. Vamos ter responsabilidade porque a doença é muito grave. Se tiver que fechar [a cidade], fechamos pois nosso compromisso é com a vida”, alertou, à época.
Na mesma ocasião, Kalil comunicou também a reabertura de bares e restaurantes, que ganharam autorização para receber clientes presencialmente a partir do último dia 29. A data foi marcada por registros de aglomeração e descumprimento de regras em diversos pontos da cidade, como na Savassi e na Alberto Cintra, pontos tradicionais da vida noturna da capital. Mas também, em outro extremo, com estabelecimentos vazios, prolongando a crise causada pela pandemia.
Indicadores
O novo anúncio da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) vem no momento em que a cidade chega a quase 37 mil infectados pela Covid-19. Além desses, BH acumula também mais de mil perdas: ao todo, 1.096 pessoas que não resistiram à batalha contra a doença na capital. Os dados são do boletim epidemiológico mais recente, divulgado ontem (10).
Sem um fim concreto no horizonte, a pandemia do coronavírus continua colocando belo-horizontinos em risco, mas a situação ainda é estável na capital, com dois dos três indicadores de risco no nível verde – a taxa de ocupação de leitos de enfermaria e o fator R0, que indica o número médio de pessoas que um infectado consegue contaminar. A taxa de ocupação de leitos de UTI, terceiro fator de monitoramento atingiu 52,2% e continua na faixa amarela.
