Mulher leva cobra para ‘passear’ no Centro de BH e vídeo viraliza

mulher com cobra no centro de bh rua rio de janeiro
A cena já é comum para muitos belo-horizontinos que costumam passar pela região (Reprodução/Instagram)

Quem é de BH sabe que um dia normal no Centro da cidade pode ter muito movimento de carros e pessoas, mas também, eventualmente, de cobras. É que vira e mexe os belo-horizontinos se deparam com uma figura já caricata da cidade: uma senhora que costuma passear pelas ruas da região Centro-Sul com suas cobras de estimação. A situação inusitada não falha em intrigar os moradores e levantar dúvidas sobre os pets.

Ainda hoje (14), viralizou nas redes sociais um vídeo da mulher com um dos bichos na esquina das ruas Rio de Janeiro e Tupis. As imagens foram postadas em um perfil no Instagram e, em menos de duas horas, já acumulam mais de 5 mil visualizações. A publicação mostra a cobra “passeando” em um dos canteiros da região, enquanto a dona, que não foi identificada, vigia ao lado.

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Nos comentários, não foram poucas as pessoas que reconheceram a cena. O post logo virou uma espécie de fórum das experiências dos belo-horizontinos, que compartilharam vários relatos de quando encontraram com a mulher e as cobras pelas ruas. “A mulher que anda com a cobra no carrinho de bebê em volta do Mercado Central! Hahahahaha quase dei um troço no dia que vi”, contou uma internauta.

Um segundo também contou que, quando encontrou a mulher pela primeira vez, quase não acreditou no que via: “Uma vez estava bebendo no anexo do Mercado, essa senhora parou quase que do meu lado, com um carrinho de bebê, quando olhei, tinha uma cobra, provavelmente essa aí. Fiquei tão assustado que nem tive reação, só fiquei olhando aquilo, paralisado.” “Eu quase tive um ataque de pânico quando vi essa mulher com duas cobras no carrinho perto do mercado”, lembrou uma terceira.

O que diz a Lei?

Seja em residências ou em criadouros habilitados, quem tem interesse em manter animal silvestre precisa seguir regras específicas. Ter uma cobra de estimação, como é o caso da idosa de BH, é possível, mas desde que o animal não seja venenoso. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) alerta para o risco à saúde pública quando a criação é feita de maneira ilícita ou inadequada.

Para manter cobras em residência, elas devem ser adquiridas em locais autorizados pelo órgão ambiental estadual e oriundas de criadouros legais, além de serem espécies não venenosas. É preciso também apresentar um protocolo que garanta a segurança no manuseio dos animais e adoção de medidas para manter um ambiente adaptado.

Cobras peçonhentas – como a naja encontrada no Distrito Federal após picar um jovem suspeito de tráfico – somente podem ser mantidas em locais habilitados, como centros de pesquisa ou para fins comerciais da indústria farmacêutica, que produz remédios à base do veneno. Importar serpentes de espécies desconhecidas no país, além de ser considerado crime de tráfico de animais silvestres, implica no perigo de pessoas serem picadas e não haver soro antiofídico capaz de salvá-las.

Existe ainda a hipótese de criadouros devidamente autorizados receberem animais silvestres, vítimas de maus-tratos e que não podem voltar à natureza por sequelas em acidentes, como atropelamento em uma rodovia. Os (Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres), vinculados ao Ibama, também podem abrigar os bichos da fauna brasileira para recuperá-los. As mais de 20 unidades espalhadas pelo país recebem por ano, em média, 50 mil animais e cerca de 60% são devolvidos à natureza.

Conscientização

Quem mantém animais silvestres sem permissão e tenha adquirido-os de forma clandestina pode entregá-los espontaneamente à filial do Ibama mais próxima e, conforme a legislação, não ser responsabilizado.

Se alguém suspeitar de venda, criação, reprodução de animais silvestres de maneira ilegal, pode ajudar os órgãos de fiscalização a combater as práticas. O Ibama recebe denúncias pelo canal Linha Verde, no telefone 0800-618080.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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