Equipes do Corpo de Bombeiros de Minas encontraram, nesta quarta (14), o corpo de um pescador que havia se afogado na represa de Furnas, no Sul do estado, no último sábado (10). A situação, infelizmente, não é um caso isolado: um levantamento feito pela corporação mostra que houve um aumento de quase 20% nas mortes por afogamento de janeiro a setembro deste ano em comparação com 2019.
O homem de 51 anos foi até a represa na tarde de sábado para pescar. Conforme testemunhas relataram aos bombeiros, o barco em que o pescador estava virou e, depois de cair na água, ele não foi mais visto. Desde então, os militares realizaram buscas no local, mas o corpo só foi localizado hoje, boiando próximo a uma margem da represa.
Aumento nos casos
Um balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros indica um aumento significativo no número de afogamentos que deixaram vítimas fatais no estado em 2020. Ao todo, já foram 232 ocorrências do tipo entre janeiro e setembro – 36 a mais do que o registrado no último ano.
Entre todos os tipos de afogamentos registrados pela corporação, os que menos preocupam são aqueles registrados em piscinas – do ano passado para cá, o número de vítimas caiu pela metade. O mesmo não aconteceu, contudo, em passeios na natureza. O número de mortes por afogamento em cachoeira cresceu 60% este ano, com uma média de duas vítimas por mês.
Os rios, riachos e córregos também preocupam. Apenas entre janeiro e setembro deste ano, foram 101 vítimas de afogamento nesses locais em comparação com 77 no mesmo período do ano passado. Em lagos, lagoas e represas, a variação foi menor, mas também houve aumento: em 2020, já foram seis vítimas a mais do que as 99 registradas em 2019.