A taxa de ocupação de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) destinadas ao tratamento da Covid-19 em Belo Horizonte subiu de 59,1% para 64,2% em apenas 24 horas, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (16). A taxa de transmissão por infectado (RT) também subiu de ontem para hoje, chegando a 1,07.
Os dois índices estão no nível amarelo de acordo com os parâmetros da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte). A ocupação dos leitos de enfermaria para o tratamento da Covid-19 segue em 52,3%, mesma taxa de ontem, e também se enquadra no nível amarelo, que demanda atenção.
Segundo dados do boletim de hoje, BH tem 58.411 casos confirmados de Covid-19, o que corresponde a 411 a mais do que ontem. Na capital mineira, 1.761 pessoas já morreram por causa da doença. Além disso, 2.352 casos estão em acompanhamento e 54.298 pacientes já se recuperaram.
O boletim epidemiológico divulgado pela PBH pode ser acessado aqui.
Alerta
Quando a taxa de ocupação de UTIs superou a marca de 60% na segunda-feira (14), o infectologista Unaí Tupinambás alerta parou que a população não descuide e torne a situação pior do que o início da pandemia em BH. “A situação está bem tensa. Neste fim de ano, temos visto as pessoas cansadas, muitas festas sendo programadas, pessoas tirando férias… O nosso receio é que a recrudescência da primeira onda seja pior do que o que vimos em maio, junho”, alertou o especialista, integrante do Comitê de Combate à Covid-19 da PBH.
O especialista pede que a população não se esqueça da pandemia durante as festas de fim de ano, como o Natal e as comemorações no Réveillon, já que “a tendência da situação é piorar”. Segundo ele, a previsão é de que a situação da pandemia em BH esteja “bem pior” já na segunda semana de janeiro, caso as medidas de contenção da disseminação da Covid-19 não sejam levadas a sério.
“Todos têm que entender que, se relaxarmos demais, as festas que estão sendo planejadas podem acabar se tornando festas de despedida. Muitas vezes, a população mais vulnerável não frequenta os eventos, mas os mais novos, filhos, netos, acabam levando o vírus para dentro de casa. Estamos orientando que a população aguente mais um pouco, temos boas perspectivas de vacinação a partir do ano que vem”, pontuou Unaí Tupinambás.