Bolsonaro volta a alfinetar Kalil sobre fechamento do comércio em BH

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Presidente insinuou que Kalil estaria agindo como ‘ditador’ (Reprodução/Youtube/Foco do Brasil + Amanda Dias/BHAZ)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a criticar as determinações do prefeito Alexandre Kalil (PSD) sobre o funcionamento do comércio em Belo Horizonte durante a pandemia. Em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada nessa quarta-feira (27), Bolsonaro insinuou que o prefeito estaria agindo como “ditador” e o responsabilizou pelos empregos perdidos em função do fechamento dos serviços não essenciais na capital mineira.

“Em BH é a mesma coisa. O prefeito vai bater no peito e falar ‘aqui quem manda sou eu’. E o ditador sou eu, né!?”, disse o presidente, ao comentar as medidas adotadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que também impuseram restrições severas ao comércio. “Então essa destruição de empregos continua. Fomos na Economia tratar disso hoje. Em parte está sendo resolvido, mas essa política de fechar eu pergunto: ‘até quando?'”, continuou Bolsonaro.

O presidente defendeu ainda que o fechamento do comércio não seria uma medida efetiva para conter o vírus, por se tratar de algo que não pode se estender por muito tempo. “Esse vírus, queira ou não, a gente lamenta os mortos, mas a gente vai conviver com ele a vida toda. Muita gente não tem o que comer. Vai falar para um garçom, para um entregador de pizza que não tem o que fazer. [Ele] vai entrar em desespero”, disse.

Round 4

Não é a primeira – nem a segunda, nem a terceira – vez que o presidente tece críticas à administração de Kalil durante a pandemia. Há pouco mais de dez dias, Bolsonaro já havia alfinetado o prefeito de BH e o classificado como um exemplo de má gestão. Na ocasião, o presidente alegou que Kalil estaria “fazendo barbaridades” – se referindo ao fechamento do comércio.

Na época, o comentário foi o terceiro feito em um intervalo de três dias sobre a administração belo-horizontina. Anteriormente, Bolsonaro já havia feito a mesma crítica.  “Quem é que roubou o emprego de vocês aqui? Fui eu? Eu fechei alguma coisa? Não fechei nada. Fecharam tudo, e agora estou vendo alguns prefeitos fechando novamente restaurantes e bares, como o de Belo Horizonte. Fechando para quê?”, disse, na ocasião.

Em dois dos episódios, o prefeito de BH chegou a rebater as alfinetadas. “Eu sou responsável por tudo que acontece em Belo Horizonte, sim. Respeito o presidente da República; só que ele sabe meu nome. Quando ele tinha 2% (nas pesquisas) e pediu humildemente uma audiência na prefeitura, ele foi recebido. Ele sabe que eu chamo Alexandre Kalil. Ele sabe meu nome”, disse. Em outra oportunidade, Kalil foi mais enfático: “Ainda bem que lembrou que Belo Horizonte existe”.

Desta vez, o prefeito ainda não se posicionou sobre as críticas.

Edição: Thiago Ricci
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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