Comitê da Covid se reúne e especialista alerta: ‘Situação muito crítica’

Fachada Prefeitura BH
Encontro acontece na sede da prefeitura (Amanda Dias/BHAZ)

Os integrantes do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) se reúnem na tarde desta quarta-feira (5) para avaliar o cenário da pandemia na capital. Apesar da queda dos indicadores, a situação ainda é “muito crítica”, conforme disse um dos integrantes do comitê ao BHAZ.

O Boletim Epidemiológico e Assistencial de ontem indicou que BH tem 180.976 casos confirmados e 4.407 mortes em decorrência da doença. Os indicadores de monitoramento apontam que o número médio de transmissão por infectado (RT) está em 0,96 – nível verde. O ideal é que este índice fique abaixo de 1.

Os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estão no nível máximo de alerta com 76,4% de capacidade ocupada, enquanto os de enfermaria permanecem no amarelo com 55,2% de ocupação. Mesmo com a redução dos três números, para o médico Unaí Tupinambás a pandemia seguem em um “patamar alto”.

“Apesar da queda do RT e das taxas de ocupação de leitos, seguimos com mais de 400 casos de Covid por 100 mil habitantes. Ainda é um número alto”, alerta o infectologista que integra o comitê da PBH.

indicadores pandemia
Indicadores da pandemia na capital mineira (Reprodução/PBH)

Terceira onda

O médico, que também é professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), enfatiza a cautela, por conta da possibilidade da terceira onda da pandemia. “Estudos epidemiológicos apontam que pode acontecer entre o fim de junho e começo de julho. Vamos ter que manter as medidas [restritivas] por muito tempo, até meados de setembro”.

A ampla vacinação é defendida pelo especialista para que a situação não chegue ao colapso. “Tem que ter ampla cobertura vacinal até lá [setembro]”, diz.

Mais flexibilização

Setores do comércio pedem à PBH a ampliação do horário de funcionamento. Os bares e restaurantes, por exemplo, apresentaram um pedido de flexibilização do horário de funcionamento dos estabelecimentos na capital.

Segundo o pedido da Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes), uma das propostas é que os espaços possam funcionar até às 22h e também aos domingos.

Tupinambás é categórico em dizer que não é a favor de que isso aconteça. “Não falo pelo comitê, sim por mim. Não é momento disso acontecer. Estamos numa situação muito crítica e temos que entender isso”, finaliza.

Edição: Giovanna Fávero
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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