A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância sanitária) recebeu nessa sexta-feira (30) um pedido para que a vacina Spintec, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), seja testada em humanos. O imunizante está sendo desenvolvido por estudiosos do centro de pesquisas CTVacinas, da universidade, e pela Funed (Fundação Exequiel Dias).
Agora, a agência vai dar início aos procedimentos de análise, considerando a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos realizados em laboratório e animais. Antes do pedido ser formalizado, a Anvisa já havia realizado reuniões prévias com os desenvolvedores da vacina.
Testes em humanos são cruciais
Segundo a UFMG, os testes realizados em humanos são feitos em duas fases e avaliam a segurança da vacina. O intuito é identificar se ela provoca ou não efeitos adversos (veja aqui).
Além disso, o teste também serve para avaliar a capacidade de imunização, ou seja, se a Spintec consegue induzir a produção de anticorpos e células de defesa específicas, gerando resposta imune para proteger os vacinados contra a Covid-19.
Assim, se aprovada, a fase 1 vai contar com a participação de aproximadamente 40 voluntários e a 2, entre 150 e 300. Todos eles devem já ter recebido as duas doses da vacina Coronavac há pelo menos seis meses. Com isso, será avaliada a capacidade de resposta em relação a esse reforço contra a Covid-19.