Bombeiros que atuaram em Brumadinho e Mariana prestam ajuda humanitária no Haiti

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Bombeiros embarcaram na manhã de hoje para o Haiti (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Bombeiros de Minas Gerais embarcam em mais uma missão humanitária para ajudar as vítimas dos terremotos que atingiram o Haiti no último dia 14. Quatro militares que trabalharam em resgates das tragédias de Mariana e Brumadinho decolaram na manhã de hoje (23) em Boa Vista, no estado de Roraima, com destino à cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti.

O país foi atingido por terremotos e ciclones, que provocaram a morte de mais de duas mil pessoas. O maior terremoto registrado foi de magnitude 7,2. Ao menos 344 pessoas estão desaparecidas e outras 12.268 ficaram feridas.

Os bombeiros mineiros que participarão dos resgates no Haiti são o capitão Tiago Silva Costa, o tenente Rafael Rocha, o sargento Wesley Bernardes Faria e o sargento Thales Leite Braga. Segundo a corporação, os militares também vão levar ao país mais equipamentos de emergência e insumos.

Além disso, os militares estão equipados com ferramentas tecnológicas próprias para atuar em missões de colapso de estruturas, como detectores de vida, equipamentos de precisão que contam com microfones que conseguem captar ruídos nos escombros e sensores que detectam sinais vitais como respiração e batimentos cardíacos.

“Os sensores sísmicos e acústicos do sistema convertem as vibrações criadas pela vítima em sinais auditivos e visuais. O CBMMG é atualmente o único Corpo de Bombeiros no país a possuir esse tipo de equipamento específico que ajudará sobremaneira no trabalho de buscas”, disse o Corpo de Bombeiros em comunicado.

Bombeiros embarcaram na manhã desta segunda (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Mortes no Haiti

Na noite de domingo (22), um tremor secundário, de magnitude 4,5, foi registrado pelo centro sismológico haitiano na cidade de Barradères, no departamento de Nipples. As autoridades não confirmaram novos estragos, mas a Proteção Civil pediu que os cidadãos tomem cuidado com prédios que já estejam rachados.

De acordo com informações do jornal haitiano Le Nouvelliste, 266 escolas das redes pública e privada foram destruídas ou parcialmente danificadas durante o terremoto, sendo que muitas ainda estavam sendo reconstruídas após a passagem do furacão Matthew, que há cinco anos deixou mais de 800 mortos no país caribenho. Três estudantes morreram.

Na sexta-feira (20), comboios humanitários da organização cristã Food for the Poor que rumavam para as cidades mais afetadas foram saqueados nas cidades de Camp-Perrin, Duchity e Riviere Glace.

A ajuda humanitária internacional continua a chegar no país. No domingo, foram entregues doações brasileiras: aproximadamente sete toneladas de equipamentos de emergência e 3,5 toneladas de medicamentos. O Brasil também enviou 32 bombeiros para ajudar no trabalho de resgate das vítimas.

‘Situação dramática’

A Suíça doou 1 milhão de francos (R$ 5,9 milhões) para a Cruz Vermelha, que atua no país. Também enviou na quinta (19) uma equipe com dois especialistas em saneamento, dois engenheiros e um especialista em desastres naturais para ajudar na reconstrução das áreas destruídas.

A União Europeia (UE), que mobilizou 3 milhões de euros (R$ 18,9 milhões) para o país, anunciou o envio de uma equipe de 12 especialistas e dois oficiais do Centro de Coordenação de Respostas a Emergência europeu.

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, decretou estado de emergência por 30 dias. Pelas redes sociais, Henry lamentou as mortes e disse que mobilizou recursos do governo para ajudar as vítimas que estão desabrigadas.

“Meus sentimentos aos parentes das vítimas deste sismo que gerou tantas perdas de vidas humanas e materiais em vários departamentos [equivalente a estados] do país. Faço um apelo ao espírito de solidariedade e compromisso de todos os haitianos, a fim de nos unirmos para enfrentar esta situação dramática que vivemos. A união faz a força”, disse.

Com Folhapress

Edição: Giovanna Fávero
Jordânia Andrade[email protected]

Repórter do BHAZ desde outubro de 2020. Jornalista formada no UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) com passagens pelos veículos Sou BH, Alvorada FM e rádio Itatiaia. Atua em projetos com foco em política, diversidade e jornalismo comunitário.

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