por Cida Falabella, vereadora de Belo Horizonte pelas Muitas/PSOL
O trabalho coletivo da Gabinetona vem ocupando os mais importantes espaços da democracia! Como uma das oradoras da audiência pública sobre liberdade de expressão, Áurea Carolina foi ao STF denunciar as práticas de censura institucional do desgoverno de Jair Bolsonaro e o avanço do autoritarismo, nesta terça-feira, 5 de novembro. A audiência debateu o decreto presidencial que censura a produção audiovisual brasileira, por meio de alteração na estrutura do Conselho Superior do Cinema. Um grande ataque à diversidade e ao pensamento crítico, um gesto contrário à democratização do acesso ao cinema no Brasil.
As investidas buscam o controle de toda forma de expressão contrária à orientação ideológica do nefasto projeto político de Bolsonaro que tenta apagar nossa diversidade e excluir as comunidade negras, periféricas, LGBTI+ do acesso às políticas públicas para a cultura, as artes e a educação.
Seremos resistência em todas as esferas! Construímos com Áurea e outros mandatos parceiros o Seminário “Artigo 5º: Censura Nunca Mais”. Também estivemos com Gregório Duvivier na Praça Duque de Caxias, em BH, no Ato Pela Liberdade na Arte e no Ensino. Defendemos nosso patrimônio mineiro e nos valemos da força coletiva para impedir um esvaziamento do IPHAN-MG. Nossos órgãos públicos precisam de cargos técnicos e qualificados. Assinamos, eu e Áurea, uma representação no Ministério Público Federal em Minas contra a decisão do ministro Osmar Terra em nomear o cinegrafista Jeyson Silva, em substituição à museóloga Célia Corsino. Nossa pressão funcionou. Eles recuaram.
A rapidez com que nos chegam as notícias e a aceleração do desmonte das nossas políticas e instituições culturais são reflexos do tamanho medo que eles têm da força da cultura. Nós também sabemos da potência transformadora da nossa cultura e, por isso, reafirmamos e reforçamos nosso compromisso com os valores democráticos e com a defesa das nossas diversas expressões culturais. Somos do diálogo, mas como disse a ministra Carmen Lúcia durante audiência, “censura não se debate, censura se combate”.