Cruzeiro, Galo, América e outros clubes pedem justiça por Mariana Ferrer

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Clubes repudiaram a absolvição do acusado de estuprar a jovem (Reprodução + Cruzeiro/Twitter/Reprodução)

Uma corrente movida nas redes sociais fez com que vários times de futebol ao redor do Brasil se posicionassem contra a absolvição do empresário acusado de estuprar a influenciadora Mariana Ferrer, além da humilhação sofrida pela jovem durante o julgamento (relembre aqui). Cruzeiro, América e Atlético foram alguns dos clubes que divulgaram mensagens de apoio à causa e repudiaram a normalização do crime de estupro.

“Estupro é estupro! Em qualquer lugar. Em qualquer situação. Chega de violência contra a mulher. Para denúncias, ligue 180”, publicou o Cruzeiro no Twitter. “Estupro nunca é culpa da vítima. #JustiçaPorMariFerrer”, escreveu o América. “O Atlético se solidariza com Mariana Ferrer e todas as mulheres vítimas de estupro. Exigimos respeito. Justiça já!!!”, publicou o Galo na rede social.

Fortaleza, Flamengo, Goiás, Corinthians, Vasco, Sport, Fluminense, Grêmio, Internacional e Bahia foram alguns dos times que também fizeram publicações pedindo justiça por Mariana Ferrer e repudiando o caso. Os clubes também divulgaram a frase “Não existe estupro culposo’, em alusão ao argumento do promotor do caso, que afirmou que o crime foi cometido sem que houvesse a intenção de estuprar.

O caso

O empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a influenciadora Mariana Ferrer, de 23 anos, em Florianópolis, foi absolvido do crime. Em reportagem publicada pelo Intercept Brasil, nesta terça-feira (3), o promotor responsável pelo caso argumentou não teve “intenção” de estuprar. Imagens ainda mostram a jovem sendo humilhada durante o julgamento. Nas redes sociais, o nome de Mariana Ferrer voltou a figurar entre os assunto mais comentados, com total repúdio ao encerramento do caso.

O juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, aceitou a argumentação do promotor Thiago Carriço. O empresário foi absolvido em setembro deste ano. O argumento do promotor contraria a tese inicial do próprio MP (Ministério Público), que considerava o homem culpado por estupro de vulnerável.

Em imagens conseguidas pelo Intercept, é possível ver Mariana sendo humilhada durante o julgamento por videoconferência. A defesa do empresário exibiu fotos sensuais produzidas pela jovem durante trabalhos como modelo profissional antes do crime, como forma de reforçar o argumento que a relação foi consensual.

Edição: Aline Diniz
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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