Questionada sobre um possível enfraquecimento do PSOL, diante da articulação Lula x Kalil em Minas, a candidata ao Governo do estado Lorene Figueiredo disse que o partido dela elegeu uma tarefa a nível nacional e localmente: nacionalmente “tirar” o presidente Bolsonaro e, a nível local, o governador Zema.
“Esses governos não têm resposta para a crise que estamos atravessando, então nós elegemos como tarefa principalmente das esquerdas derrotar Bolsonaro nacionalmente e o nome que temos é Lula. E no local, em Minas Gerais, é derrotar Zema, que é um candidato bolsonarista”, disse ela.
Para Lorene, Kalil apoiar Lula é um avanço, mesmo que o ex-prefeito de BH não seja um candidato propriamente de esquerda. “É progressista isso, essa conjunção. O antipetismo construído ao longo dos últimos anos é regressivo, já que ataca pautas de direitos sociais”, diz.
A candidata ao Governo de Minas acredita que o apoio de Kalil a Lula fortalece a esquerda, ao contrário do que pode parecer. “Nos fortalece naquilo que é possível fazer, mesmo que não seja o programa máximo que desejamos fazer”, explica. “Não fazemos oposição por oposição, fazemos oposição coerente e consequente”.
Por fim, Lorene diz que a presença de candidatos de esquerda força outros candidatos a discutirem pautas que não estavam no radar deles, como a fome. “Os outros candidatos tiveram que se posicionar, a presença da esquerda é fundamental para fazer avançar as pautas de esquerda”.