Em entrevista ao BHAZ nesta terça-feira (27), a candidata ao Governo de Minas, Renata Regina (PCB), defendeu a implementação da política da “Tarifa Zero” em Minas. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, apenas 43 cidades brasileiras adotam esse modelo no transporte coletivo municipal atualmente.
“O transporte coletivo, hoje, não é público. Ele é concedido a empresas privadas que têm interesse na obtenção de lucros e não em garantir a melhor oferta de serviço, que todo trabalhador vai ir sentado, em condições seguras. Não têm interesse em garantir que o motorista, por exemplo, não esteja acumulando funções fazendo o papel de motorista e cobrador”, argumenta Renata.
A candidata explica que, caso eleita, pretende garantir a gratuidade no serviço de transporte coletivo a estudantes, desempregados e trabalhadores com renda mensal de até cinco salários mínimos. O investimento público também deverá abarcar outras modalidades de transporte além dos ônibus, segundo ela.
“A gente entende que também precisa haver investimento público em outros modais, como o metroferroviário, para garantir uma mobilidade com menos impacto ambiental, que vá possibilitar às pessoas o direito de ir e vir mais rápido, melhorando o trânsito”, disse.
Renata explica, por fim, que a medida é uma forma de garantir o direito de “ir e vir” da população. “A tarifa zero não quer dizer que o transporte ficou, necessariamente, sem custo. Até porque o que é público e vira um serviço gratuito acaba sendo pago com imposto. A gente entende que é responsabilidade do estado garantir esse pleno exercício de ir e vir das pessoas”, acrescenta.