
Chegou o final de semana e não sabe o que fazer na região central de Belo Horizonte? Deixa que a gente te ajuda! Dessa vez, o Rolê BHAZ foi até a Praça Raul Soares para conferir os melhores bares da região. Por ali, os estabelecimentos proporcionam uma viagem que perpassa clássicos petiscos mineiros e também iguarias de outros países.
Confira uma lista de bares para conhecer na Praça Raul Soares, em BH!
Babel
A novidade da vez é o Babel, mais novo boteco da Praça Raul Soares. Inaugurada recentemente, a casa chega com a proposta de unir e exaltar a pluralidade, além de se firmar como o “boteco de todas línguas”, fazendo referência à história bíblica da Torre de Babel.
Para Alfredo Lanna, um dos sócios do local, a instalação do bar faz parte de um movimento de valorização do Centro de BH. “Temos presenciado também uma efervescência da cena gastronômica com a abertura de bares e drinquerias, em antigos prédios nas proximidades, o que vem trazendo uma cara nova ao Centro”, afirma.
“Isso sem falar que estamos há poucos metros do Mercado Central, nosso símbolo gastronômico e turístico mais importante. Esse é um lugar que, definitivamente, tem se tornado celeiro de boa comida e bons encontros”, enfatiza.
O cardápio do Babel é composto por pratos que contemplam diferentes sabores ao redor do mundo e tudo de forma autoral. O artista por trás das criações é o chef Daniel Pantuzzo, com quase 20 anos de mercado.
Um dos destaques é o Bolinho de Galinhada (R$ 42). O chef também promove intercâmbios em sua Tábua de Frios (R$ 60) ao oferecer uma seleção de queijos especiais (chevrotin e alagoa) com itens da charcutaria italiana, como bresaola e copa lombo, encontrados também no Norte de Minas.
O local funciona de segunda a domingo, abrindo sempre às 11h30.
Pirex
O bar Pirex foi inaugurado em 2022 e reaberto no início de fevereiro sob nova direção. O estabelecimento traz como proposta a união da alta gastronomia com o charme dos botecos de Belo Horizonte. Ao BHAZ, uma das gestoras do empreendimento, Isabela Rocha, conta que não tinha local mais apropriado que a galeria São Vicente para abrigar essa ideia.
“O Pirex traz consigo a proposta de revitalizar o Centro junto com outros bares, colocando em evidência a cultura do ‘boteco de estufa’. Ou seja, nós trazemos comida gostosa, que fica exposta em vitrines, para que os clientes possam ver e experimentar”, explica ela.
O Pirex funciona de quarta-feira a sábado de 18h a meia-noite e, aos domingos, também no horário de almoço. Além da cervejinha gelada e da variedade de drinks, quem passar por lá também pode desfrutar grandes clássicos da comida de boteco, como frango a passarinho, bolovo, carne cozida e muito mais. Os preços variam de R$ 16 a R$ 32.
“A ideia é trazer um pouco mais da cultura de alta gastronomia para um boteco, transportando essa hospitalidade, atendimento melhor, um negócio mais carinhoso para os clientes. O pessoal estava muito carente disso aqui”, pontua Osmar Júnior, também gestor do negócio.
Palito
O bar Palito foi o primeiro empreendimento do ramo da gastronomia a fazer parte da revitalização da Galeria São Vicente. Em conversa com o BHAZ, o proprietário Túlio Dângelo disse que trabalha nesse projeto há dois anos e que sempre teve muita fé na ideia de trazer experiências mais sofisticadas ao baixo Centro de BH.
Nascido e criado em Belo Horizonte, o empresário se descreve como um “fanático” pelo Centro de BH e nunca entendeu como a Galeria São Vicente, com uma vista tão única como a dela, poderia passar despercebida.
“Existia uma preocupação dos donos do edifício, já que quando se fala em Centro existe um estereotipo sobre o tipo de empreendimento que vai ser feito. Tive que mostrar o projeto, o tanto que ele era, além de tudo, sustentável, para um novo tipo de público, um novo tipo de Centro, com o objetivo de reocupar e entregar experiências um pouco mais sólidas”, explica ele.
O Palito funciona às quintas e sextas-feiras, de 18h a meia-noite e, aos sábados, de 16h a meia-noite. Todos os drinks e coquetéis custam R$ 30.
“Nosso objetivo é que daqui 30 anos a gente ainda sirva coquetéis de qualidade para um público novo e até para esse público que vem aqui hoje, mas que vai ter uma outra experiência. Nós trazemos a simplicidade da comida mineira, de boteco, mas com toque que transforma a experiência. Acho que o Centro merecia algo um pouco mais aprofundado”, acrescenta.

Gumbo!
Com o nome de um dos pratos mais emblemáticos da comida local, o Gumbo! é o primeiro restaurante de culinária cajun e creole de BH. A cozinha mistura as influências francesas, espanholas, caribenhas, africanas e nativo-americanas que fazem parte da história do estado da Louisiana.
O Gumbo! se inspira na cozinha de Nova Orleans, cidade que foi fundada em 1718 por colonos franceses e batizada em homenagem a Phillip II, o duque de Orléans. Antes disso, a região era chamada de “Bulbancha” ou “lugar de muitas línguas”, nome dado pelos povos nativos por causa da convivência de diferentes tribos que ocupavam o local.
Quando os europeus, os caribenhos e os escravos do oeste africano se juntaram aos nativos-americanos da região, a fusão acabou resultando na descendência designada como “creole”. O termo não foi usado como referência étnica ou racial, mas para diferenciar as pessoas nascidas na Louisiana dos chamados “cajuns”, os colonos franceses que chegariam posteriormente, deportados do Canadá.
Daí vem a inspiração para o restaurante: essa mistura de sabores que junta elementos como o quiabo africano, as pápricas caribenhas, as folhas de louro nativas da América e o roux francês em guisados e outros pratos que formam a base da culinária creole e cajun.
“Essa cozinha é o que temos em comum com a gastronomia do Sul dos Estados Unidos, com a caribenha, com essa influência africana, nativa e europeia. A gente consegue se familiarizar com ela e ao mesmo tempo ter uma surpresa, com um diferencial que só comendo para entender”, explica o chef Kiki Ferrari, responsável pelo cardápio do Gumbo!, recém-inaugurado na Galeria São Vicente.
Botelha
O bar Botelha, inaugurado na galeria em 8 de fevereiro, visa valorizar os pequenos produtores de vinho e queijos de Minas Gerais. Gabriela Saraiva explica que a casa conta com 18 rótulos de vinho, cujas taças variam de R$ 18 a R$ 28.
“A gente acredita no espaço. A gente acredita nesse lugar central, na praça Raul Soares. A ideia é quebrar e desmistificar o vinho. É uma bebida que dá para todo mundo beber sim! É tirar o vinho do pedestal e colocá-lo na mesa”, disse ela.
A Tenda
Para além da variedade de experiências gastronômicas, a Galeria São Vicente também conta com uma casa de tarô para aqueles que buscam algum tipo de cura ou resposta no campo espiritual. Amanda Ramalho, cartomante e internacionalista, é proprietária do A Tenda – movimento holístico que oferece vários serviços.
“Aqui, no A Tenda, eu jogo tarô, trabalho com interpretação de sonhos e alinhamento com o feminino. Também trabalhamos com shiatsu, massagem tântrica, massagem relaxante, numerologia, astrologia e até yoga”, lista ela.
Amanda explica que o nome d’A Tenda veio inspirada nos movimentos ciganos de Belo Horizonte na década de 70. “Essa ideia de leitura de mãos no Centro, de efervescência de possibilidades e acessos holísticos no Centro da cidade sempre foi algo que, como belo-horizontina, me chamou atenção”, disse.
Quem frequentar a tenda pode adquirir produtos autorais da Amanda, como velas aromáticas e incensos, por preços que variam de R$ 35 a R$ 68. Já os atendimentos, que duram de uma a duas horas e são realizados sob agendamento, custam de R$ 150 a R$ 300.