Mais de 800 mil mineiros ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra o novo coronavírus. É o que indica um levantamento realizado pelo TCE-MG (Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais). O órgão encaminhou um ofício aos 853 municípios cobrando a realização de campanhas publicitárias que incentivem a conclusão do esquema vacinal.
“É necessário que seja implementado, com urgência, o trabalho de busca ativa das pessoas que não receberam a dose complementar do imunizante, ação essa extremamente oportuna para garantir a efetividade da vacinação prezando pelo bem-estar dos munícipes”, afirmou o presidente do TCE-MG, Mauri Torres, em um dos trechos.
O número de mineiros não vacinados com a segunda dose foi descoberto após análises de dados do Vacinômetro e Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Em Minas Gerais, a cobertura de segunda dose e dose única está em 36,63%, segundo a plataforma do governo. Veja os números da imunização no estado até ontem (3):
- Primeira dose – 13.416.019 – 81,85% de cobertura
- Segunda dose – 5.525.797 – 36,63% de cobertura
- Dose única – 478.175 – 36,63% de cobertura
Orientações
O TCE-MG orientou que os municípios identifiquem as pessoas que estão com o esquema vacinal ainda não concluído e promovam campanhas publicitárias destacando a necessidade de tomar a segunda dose. O médico infectologista Leandro Curi destaca a importância das pessoas não deixarem de vacinar.
“Se com duas doses a gente corre risco de se infectar, com apenas uma é mais provável. Os laboratórios indicam a necessidade da segunda dose e até de um reforço. Isso é comum em várias doenças e não só com coronavírus. O reforço vacinal é para o organismo continuar produzindo anticorpos”, diz em entrevista ao BHAZ.
O especialista reforça que vacinar é um ato em prol da coletividade. “Vacinação é exercício de cidadania. Quanto mais pessoas imunizadas, mais rapidamente não teremos restrições e vamos nos livrar das variantes”.
Dados atualizados
O órgão mineiro reforçou a importância de que os municípios mantenham os dados do Vacinômetro, do governo estadual, e o SI-PNI, do governo federal, sempre atualizados, sobretudo em relação à segunda dose.
O ofício reforça que “a transparência e a publicidade dos dados coletados poderão servir de indicadores epidemiológicos para definição de distribuição das doses relativas às próximas remessas de vacinas, ou para outras políticas públicas cabíveis”. Para ler o ofício, clique aqui.
Com TCE-MG