Com Amanda Dias
O Dia Internacional da Mulher deixou de ser, há algum tempo, a data para se distribuir flores. Na verdade, o 8M tem uma conotação completamente diferente: é um símbolo de luta contra os abusos e as violências sofridos cotidianamente pelas mulheres.
Em Belo Horizonte, elas se concentraram na Ocupação Pátria Livre, na Pedreira Prado Lopes, e na praça Raul Soares, no centro da capital, para protestar. Juntas, elas caminharam pela cidade com cartazes e gritos de luta. O tema da iniciativa é “Só da luta brota a liberdade” .
A cor roxa foi escolhida por muitas das participantes do 8M, nome dado ao movimento. “Não posso aceitar uma sociedade que ignora meu NÃO e condena meu SIM!”, escreveu em um cartaz uma das participantes. Várias carregam homenagens à Marielle, e aproveitam o momento para se manifestar com relação ao governo.
O dia 8, no entanto, é apenas uma representação. Segundo as integrantes do movimento, o protesto é contínuo. “Os movimentos e a luta precisam ser contínuos. O dia de hoje é uma lembrança de que a gente tem que lutar diariamente pelos nossos direitos”, disse Lila Alves.
A questão dos abusos sexuais sofridos por mulheres e divulgados todos os dias pela mídia é um dos grandes motes da manifestação. Elas lembram que quem faz as escolhas relacionadas ao corpo são elas. “Meu corpo, meus afetos, eu decido”, afirmou uma das integrantes.
Inspiração
O BHAZ fez um vídeo mostrando mulheres que ocupam Belo Horizonte e constroem, todos os dias, uma nova cidade. A gravação é ainda uma homenagem do site a todas – filmadas ou não. Vocês nos inspiram!