Alunos da UFMG desenvolvem violão adaptado para pessoas com mobilidade reduzida

O violão pode ser tocado com apenas uma mão (Divulgação/CPE)

Ajudar pessoas com mobilidade reduzida a se expressarem por meio da música. Foi com esse propósito que um grupo de alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu um violão adaptado para pessoas com deficiência.

O “violão mágico”, como ficou conhecido o instrumento, foi pensado e construído pela empresa júnior Consultoria e Projetos Elétricos (CPE), vinculada aos cursos de engenharia elétrica, engenharia de controle e automação e engenharia de sistemas da UFMG.

Funciona assim: motores geram os ritmos das canções de um lado, enquanto o instrumentista faz os acordes de outro. Dessa maneira, o violão pode ser tocado com apenas uma das mãos.

Em entrevista ao BHAZ, o estudante de engenharia elétrica Hugo Marinho explica que a primeira versão do “violão mágico” surgiu em 2020. Inicialmente, o objetivo era ajudar um músico que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). O projeto deu certo e hoje o grupo já começou a aumentar a escala de produção para beneficiar outras pessoas.

“Acabamos de entregar um violão e no momento estamos trabalhando em um segundo. Tem ainda um terceiro pedido que já foi encomendado”, comenta.

Projeto complexo

Hugo explica que o projeto de um violão automatizado é complexo e que a equipe precisa de pelo menos um ano e meio para finalizar uma entrega.

“Nessas novas versões estamos melhorando algumas funcionalidades. Tem os motores e também um painel com botões que o usuário usa para interagir. Além da parte física, desenvolvemos uma interface para o usuário criar e armazenar as próprias músicas. Tudo isso tem um custo de mais ou menos R$ 12 mil”, diz.

Mesmo com as horas intensas de trabalho, o estudante reforça que tudo vale a pena. “Foi um projeto extremamente gratificante e na mesma medida desafiador. Precisamos aprender muita coisa, então teve muito estudo envolvido. Mesmo assim, tivemos um desenvolvimento pessoal enorme. Agregou muito”, finaliza.

Arreda pra Cá

Nesta semana, o podcast do BHAZ recebe um dos responsáveis por uma das maiores febres de Belo Horizonte: o Xeque Mate. Quem é de outros estados pode até achar que tem a ver com xadrez, mas o povo da capital mineira sabe que se trata de uma bebida. E o criador da receita, Gael Rochael, é nosso convidado desta semana.

A mistura refrescante de chá mate, rum, guaraná e limão surgiu como uma alternativa à tradicional cerveja dos rolês, a princípio apenas para agradar um grupo de amigos. Com o tempo, caiu nas graças do público, conquistou as prateleiras de supermercados e foi sucesso no Carnaval. Agora, a bebida queridinha dos mineiros busca conquistar a galera de São Paulo e outros estados.

No Arreda pra Cá, Gael deu detalhes sobre a receita, comentou os boatos de que a marca estaria à venda e falou sobre a relação de amor por BH que ajudou a elevar o Xeque Mate. O episódio completo vai ao ar nesta terça-feira (19), às 17h.

Isabella Guasti[email protected]

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

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