Sem alarme, sem extintor e ‘cada um por si’: Alunos reclamam de estrutura após incêndio no IEMG

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Incêndio mobilizou os bombeiros durante toda a manhã desta quarta (Sofia Leão/BHAZ)

O incêndio que atingiu o prédio do IEMG (Instituto de Educação de Minas Gerais), na região Centro-Sul de BH, nesta quarta-feira (22), preocupou moradores e deixou alunos desesperados. Vários deles precisaram ser atendidos ainda na calçada, após serem retirados do prédio. Um grupo ouvido pela reportagem do BHAZ denunciou falhas na estrutura para combate a incêndios.

Segundo as adolescentes ouvidas pelo BHAZ, nenhum alarme de incêndio tocou após as chamas se espalharem e havia apenas um extintor perto da biblioteca, sem nenhum em outros pontos da escola.

Ainda conforme as estudantes, o cenário que tomou conta do IEMG foi de “cada um por si”. Elas relatam que alguns professores tentaram ajudar os alunos em meio à correria. Na tentativa de fugir do incêndio, eles chegaram a quebrar algumas janelas do prédio.

Certificado de segurança

O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) do prédio do IEMG ainda estava em processo de regularização. O documento é o que certifica que uma edificação segue todas as regras de combate a incêndios e permite a circulação de pessoas no local.

O instituto estava na etapa de ajustes do documento, o que não impede o funcionamento. “A informação que temos até o momento é de que a edificação estava em controle com o Corpo de Bombeiros para a questão do acerto junto à regularização”, afirmou o capitão Fabrício Eduardo Dalfior, que atuou no combate ao incêndio.

A avaliação da corporação para conceder o AVCB a um prédio analisa uma série de medidas técnicas e estruturais para garantir a segurança em caso de incêndio. Entre elas, são analisadas instalações elétricas, saídas e sinalização de emergência e extintores.

Alunos e funcionários socorridos

Os bombeiros foram acionados pouco antes das 10h desta manhã para combater o incêndio e conseguiram controlar as chamas. Imagens que circulam nas redes sociais mostram os momentos de desespero dos alunos tentando deixar o prédio. Vários deles precisaram ser atendidos ainda na calçada.

Ao todo, foram 23 pessoas socorridas pelos bombeiros e pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), todas com quadro estável. A maioria foi encaminhada para o Hospital João XXIII com sintomas de inalação de fumaça.

O que diz o instituto?

Procurada pelo BHAZ, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais confirmou que ninguém se feriu gravemente, mas alguns estudantes inalaram fumaça e precisaram ser atendidos. A pasta afirmou que eles recebem assistência da equipe do Governo de Minas e que as aulas foram suspensas até a garantia do retorno com segurança.

” A perícia para identificar as causas do incêndio será realizada pela Polícia Civil e os danos estruturais ainda serão mensurados, diz trecho da nota.

Nota da SEE-MG na íntegra

Sobre o incêndio que atingiu uma sala do Instituto de Educação de Minas Gerais, em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (22/3), a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informa que a situação foi controlada imediatamente pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Todos os estudantes e servidores foram evacuados em segurança do prédio. Ninguém se feriu gravemente, mas alguns estudantes inalaram fumaça e foram atendidos prontamente por equipes do SAMU e recebem assistência da equipe da Secretaria de Estado de Educação. A perícia para identificar as causas do incêndio será realizada pela Polícia Civil e os danos estruturais ainda serão mensurados. As aulas foram suspensas até a garantia do retorno de funcionários e alunos com segurança.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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