Nesta terça-feira (12) em que Belo Horizonte celebra seu 126º aniversário, o BHAZ buscou desvendar o que os astros têm a dizer sobre a capital mineira. Como estava o céu quando nossa querida capital “nasceu”?
Com a ajuda dos astrólogos Saimagos e Fernanda Melo, a reportagem traçou o mapa astral de BH e descobriu um pouco mais sobre a jovem centenária.
Inaugurada em 12 de dezembro de 1897, às 15h30, Belo Horizonte é uma cidade sagitariana, com ascendente em touro e a lua nos últimos graus de câncer. A astróloga Fernanda explica que esse conjunto diz muito sobre a energia, ao mesmo tempo, jovem e conservadora que faz parte da construção da cidade.
“É fácil de se perceber que Belo Horizonte, ao mesmo tempo que tem uma capacidade de expansão e de abertura, aliada a um movimento muito jovial, também tem suas riquezas muito ligadas à ancestralidade. Temos esse lugar do conforto muito presente, na comida, no acolhimento”, destaca.
Confira o mapa astral de BH
Sol em Sagitário
Fernanda explica que o Sol diz respeito à essência, e a essência de Belo Horizonte é sagitariana. Esse signo de fogo está intimamente ligado às expansões, à espiritualidade, ao estrangeiro e à busca por novas aventuras e possibilidades.
“É uma cidade que vem para crescer e que busca cada vez mais formas de expandir, tanto politicamente e economicamente, quanto também esse senso de trazer experiências para as pessoas que vivem aqui em Belo Horizonte. Sagitário é essa abertura do nosso olhar para novas experiências”, diz ela.
A astróloga pontua que Sol do mapa astral de BH está posicionado na casa astrológica número 8, que fala das heranças e dos negócios. Essa é uma casa análoga ao signo de Escorpião, que também diz respeito às sombras e aos processos de transformação.
“Politicamente, esse aspecto do mapa está vinculado às questões que são jogadas para ‘debaixo do tapete’. Ele também fala do potencial que BH tem de ser uma cidade que vive transformações muito intensas e que podem ser muito bonitas quando esse lugar das coisas escondidas for revelado de uma maneira responsável”, acrescenta Fernanda.
Ascendente em Touro
O ascendente, conforme explica a astróloga, fala da forma como o outro te vê. Nesse caso, como resto do Brasil enxerga Belo Horizonte e em como a cidade se posiciona. Touro era o signo que estava ascendendo no céu quando a cidade foi inaugurada naquele 12 de dezembro de 1897.
“Aqui, a gente tem a união desses dois arquétipos: a sabedora sagitariana, com essa expansão e motivação de ir para a frente, além de um touro que segura um pouco a onda. Então BH é um sagitário que vai com mais calma, que zela muito profundamente em manter as tradições”, explica.
“Touro é um signo que quer conservar as coisas e Belo Horizonte ainda traz bastante essa energia conservadora, que dá passos um pouco mais lentos quando necessário. Que mantém vivas tradições antigas e posicionamentos”, acrescenta Fernanda.
Touro, signo de terra, também está ligado às riquezas da cidade. Segundo a astróloga, ele revela o grande potencial empreendedor dos belo-horizontinos, além da capacidade de Belo Horizonte vender e exportar – movimentos que, de acordo com ela, acontecem de forma mais humanizada graças ao tópico a seguir.
Lua em Câncer
Fernanda explica que a Lua reflete o envolvimento emocional com as pessoas. E, convenhamos, não há signo mais emocional, em todo o zodíaco, do que o Câncer.
“É aqui que a gente entende porque a culinária é tão forte. Belo Horizonte realmente tem esse senso de ser casa para as pessoas, é realmente esse arquétipo da mãe, trazendo muito acolhimento, conforto e deixando a cidade com cara de casa da gente, mesmo que não seja nossa casa natal”, observa a astróloga.
Para a especialista, a posição da Lua em Câncer explica muito do “jeitinho” mineiro que todo belo-horizontino carrega dentro de si. É aquela vontade de “prosear”, chamar para um “cafézin” e de receber visitas sempre com muita fartura e hospitalidade.
“Aqui fala dessa simpatia, do acolhimento das pessoas daqui. A verdade é que é muito difícil uma pessoa estar em Belo Horizonte e não ter contato com alguém que desperte esse sentimento de se estar em casa”, explica ela.
Marte, Vênus, Saturno e Urano em Sagitário
Sagitário domina o mapa astral de Belo Horizonte, para além do signo solar. O astrólogo paulista Saimagos, que já morou cinco anos na capital mineira e foi o primeiro a fazer o mapa astral da cidade, ressalta que esse signo de fogo diz muito sobre o “calor humano” e a alegria do povo belo-horizontino.
“A principal palavra associada a Sagitário é a alegria, o riso. Quando a gente chega em BH, a gente percebe uma leveza. Imagina o conforto de Touro e Câncer com o desprendimento de Sagitário? Por isso qualquer pessoa que vai a Belo Horizonte, a negócios ou a turismo, sente essa coisa leve”, observa ele.
Outros três pontos importantes da cultura de BH também podem estar associadas a intensa presença de Sagitário no mapa astral: são eles o turismo, o futebol e a espiritualidade, pilares fortemente relacionados à cidade desde o seu nascimento.
“O arquétipo de Sagitário tem relação com o turismo, algo que eu acho que a cidade tende a explorar mais ao longo da sua existência, nem que seja um turismo de negócios voltado à tecnologia. A cidade também pode se destacar no aspecto esportivo, com os times de futebol e, por último, ele também fala sobre espiritualidade, algo bem marcante na cidade, já que muitos moradores vieram do interior”, explica Saimagos.
Júpter em Libra
O planeta regente do principal signo do mapa astral belo-horizontino, Sagitário, é Júpter. Nesse caso, o astro está localizado em Libra, que fala sobre a importância do diálogo para que negociações avancem na cidade.
“Júpter em Libra fala que é o que as pessoas daqui fazem que possibilita esse crescimento de BH. Quando a política social deixa de ouvir as pessoas, realmente Belo Horizonte deixa de acentuar o seu processo de crescimento”, pontua Fernanda.
“Júpter rege esse lugar das expansões e dá o tom e o direcionamento sobre como a cidade se expande. Por isso a escuta, a troca, as conversas, ouvir gente daqui, ouvir vozes diferentes é o que contribui para o crescimento de BH”, acrescenta ela.
Meio do céu em Aquário
O meio do céu é o ponto mais alto do zodíaco, é o lugar onde se almeja alcançar. No mapa astral de BH, essa posição é ocupada pelo signo de Aquário, que se caracteriza pela inovação, independência, criatividade e intelectualidade.
Segundo análise da astróloga, “para que BH chegue nesse ponto mais alto, precisa integralizar as energias aquarianas, que é ouvindo a diversidade, ouvindo as ideias das pessoas jovens, modernizando um pouco essa mente taurina que, por vezes, pode ser bem conservadora”.
Ela observa, ainda, que a capital mineira tem um grande potencial de desenvolvimento a partir da tecnologia, já que Aquário é um signo relacionado ao futuro.
“BH pode ocupar o lugar de ser uma grande exportadora de tecnologia, de ideias e ideologias. Isso também diz o quanto o povo daqui é forte, o quanto as pessoas defendem as próprias ideias”, explica ela.
Mercúrio em Capricórnio
Mercúrio diz respeito a comunicação. E uma das coisas que o povo de BH mais gosta, sem dúvidas, é de “trocar ideia” e “prosear”. Saimagos explica que o astro também é fortemente relacionado ao âmbito mercadológico. O signo de Capricórnio, por sua vez, contribui trazendo mais objetividade às negociações.
“O mineiro já tem aquele estereótipo de ser bom negociador. O mineiro de BH, então, muito mais. Capricórnio tem o pé-no-chão, foco, objetividade. Muito por isso, a forma do mineiro de Belo Horizonte falar é um pouco mais pausada”, explica ele.
“Esse Mercúrio agrega valor à comunicação mais clara e objetiva do mineiro de BH. Capricórnio está correlacionado a trabalho, carreira. O arquétipo dos signos de terra, como é o caso, tem muito essa coisa do foco, da precisão”, acrescenta o astrólogo.
126 anos de BH
Capital dos botecos, das montanhas, do cafézinho e, mais recentemente, até mesmo do “grau“. Como ficou nítido no mapa astral de BH, é difícil encontrar apenas uma definição para a cidade que reúne os mais diferentes costumes e características.
Projetada pelo engenheiro e urbanista Aarão Reis, que hoje dá nome a um bairro da região Norte, Belo Horizonte foi inaugurada, ainda em construção, no dia 12 de dezembro de 1897, para ser a nova capital de Minas Gerais – posto antes ocupado pela histórica cidade de Ouro Preto.
A cidade, que nasceu onde antes se situava o antigo Curral del-Rei, se expandiu nesses 126 anos para além dos limites da avenida do Contorno e hoje tem mais de 480 bairros, divididos em nove regionais.
A estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de que, atualmente, morem, em Belo Horizonte, quase três milhões de pessoas, consolidando a capital mineira como a sexta cidade mais populosa do país.
