Assalto no BH Shopping: Nove suspeitos seguem soltos e até R$ 3,9 milhões foram roubados em relógios; entenda dinâmica do crime

Assalto no BH Shopping
13 relógios foram roubados da loja Manoel Bernardes (Reprodução/Redes sociais)

Na manhã após o assalto que mobilizou dezenas de policiais e assustou frequentadores do BH Shopping, as investigações continuam e os nove suspeitos envolvidos ainda não foram presos. De acordo com informações divulgadas pela Polícia Militar, 13 relógios, avaliados entre R$ 40 mil e R$ 300 mil, foram roubados da loja Manoel Bernardes.

Imagens de câmeras de segurança da loja mostram o momento do assalto, que ocorreu por volta das 13h30 de ontem. No vídeo, um homem armado aparece rendendo uma funcionária da loja. Segundo a PM, quatro suspeitos atuaram no momento do assalto.

Enquanto os assaltantes fugiam, outros três envolvidos os aguardavam no estacionamento do shopping, e os sete escaparam em dois carros. Ainda durante a tarde de ontem, esses dois veículos foram localizados no entorno do centro comercial e foi verificado que eles haviam sido roubados no estado de São Paulo.

Ainda conforme a Polícia Militar, os sete suspeitos se encontraram com outros dois antes de abandonar os carros e fugir em novos veículos. Até o início da tarde deste domingo (8), nenhum dos nove suspeitos havia sido preso.

Conforme os preços avaliados dos relógios Rolex roubados na loja, o prejuízo pode ter ficado entre R$ 52 mil e R$ 3,9 milhões. A PM ainda informou que um segurança foi feito de refém durante o assalto, sendo liberado no entorno do BH Shopping pouco tempo depois.

Investigações continuam

A Polícia Militar informa que segue no processo de busca dos suspeitos, de coleta de informações sobre eles e na atuação para a recuperação dos bens roubados. As imagens das câmeras de segurança do shopping e do local onde os dois carros foram abandonados já foram disponibilizadas para a Polícia Judiciária.

“A Diretoria de Inteligência da PM já relatou todos os fatos ao SISBIN [Sistema Brasileiro de Inteligência], já que há possibilidade de que a quadrilha tenha atuação em outros estados. Nossos batalhões no interior de cidades que fazem divisa com outros estados também foram acionados, para que mantenham cerco e bloqueio nas estradas”, afirma a major Layla, porta-voz da corporação.

Ainda ontem, a Polícia Civil informou que deslocou equipe de investigação até o local, onde ouviu vítimas e testemunhas, “adotando todas as providências iniciais cabíveis para identificar os envolvidos”. Nesta manhã, a corporação declarou que segue em trabalho ininterrupto na investigação do caso e que, por ora, se resguarda a focar nos trabalhos investigativos.

O assalto

Um assalto em uma joalheria do BH Shopping, no Belvedere, região Centro-Sul de Belo Horizonte, no início da tarde desse sábado (7), mobilizou a Polícia Militar e causou pânico em clientes. A reportagem do BHAZ compareceu ao local pouco após a liberação e conversou com testemunhas.

Um homem conta que estava no restaurante Pobre Juan, em frente à Manoel Bernardes, quando tudo aconteceu. “Escutamos uns barulhos esquisitos e, de repente, o pessoal começou a pular lá dentro do restaurante desesperado. Vimos eles correndo e fomos entender o que estava acontecendo uns dois, três minutos depois”, explicou o empresário Renato Martins.

“Foi uma correria danada aqui no shopping. O cara pegou um refém lá dentro da loja e beleza. Deu uma acalmada, pessoal fechou a porta do restaurante. Tem mais de duas horas que estamos aqui na confusão”, disse.

Em um primeiro momento, acreditou-se que o barulho das vitrines quebradas fosse de tiro. O empresário negou os disparos e contou que os suspeitos fizeram uso de marreta para quebrar os vidros da loja. A informação foi confirmada por uma vendedora de loja de calçados em frente à joalheria.

A jovem estava sentada com uma colega quando as duas ouviram um barulho de vidro quebrando. Em seguida, avistaram um funcionário da joalheria sendo levado por um dos suspeitos, com a arma apontada na cabeça. “Levantamos e eles já estavam catando as joias. Um estava apontando a arma para cima e o outro pegando o segurança de refém. Ficamos muito assustadas e fechamos a porta correndo”, narrou.

Edição: Vitor Fernandes
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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