A Cervejaria Backer teve a maioria dos tanques de produção liberados pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). A instalação fica no bairro Olhos D’Água, na região Oeste de Belo Horizonte. A liberação ocorreu nessa terça-feira (28), mas a fábrica segue interditada.
Com a autorização, a empresa vai esvaziar 66 dos 70 tanques. Depois disso, a cervejaria vai passar pelo processo de esterilização, testagem e certificação de todos os processos de produção pelos técnicos do Mapa.
De acordo com a empresa, um tanque segue sendo objeto de investigação e outros três continuam lacrados, já que receberam o líquido que estava armazenado no tanque ainda sob análise.
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“A Backer aguarda a conclusão das investigações, mas avalia que a liberação da maior parte da fábrica é um sinal importante, pois mostra que o problema ocorrido foi isolado e que não houve contaminação da linha de produção”, informou a cervejaria em nota que pode ser lida na íntegra abaixo.
O Mapa, responsável pela liberação dos tanques, esclareceu que, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus, “a apuração administrativa desta contaminação seguem em curso”.
A Polícia Civil, por sua vez, informou, nesta quarta-feira (29), que peritos do Instituto de Criminalística, analisaram o mecanismo de produção da cerveja com o objetivo de detectar a presença ou não de vazamentos nos tanques.
“Apesar do grande avanço, nenhum resultado será adiantado, neste momento, para não prejudicar as investigações”, informou.
Dos 42 casos investigados de intoxicação por mono/dietilenoglicol (síndrome nefroneural), nove evoluíram para óbito. Os trabalhos da perícia continuam na cervejaria e cerca de 60 pessoas prestaram depoimento.
Álcool 70%
A cerveja armazenada nos tanques vai passar pelo processe de destilação e assim será produzido álcool 70%. O produto será doado pela Backer à rede pública de saúde para auxiliar no combate à Covid-19.
“Os lacres dos tanques foram retirados e os produtos em que não foram detectados contaminantes tiveram liberação, a pedido da empresa, que irá destilar a cerveja para a obtenção de álcool”, informou o Mapa.
A Backer informou que 472 mil litros de cerveja ficaram retidos nos tanques e que será possível produzir aproximadamente 28,3 mil litros de álcool.
Com Mapa e PCMG
Nota da Backer na íntegra:
“A Backer aguarda a conclusão das investigações, mas avalia que a liberação da maior parte da fábrica é um sinal importante, pois mostra que o problema ocorrido foi isolado e que não houve contaminação da linha de produção.
Toda a fábrica será esterilizada, testada e certificada pelo Ministério da Agricultura antes de voltar a produzir.
A Backer vai rever integralmente seus processos, inclusive com adoção de protocolos que hoje não fazem parte dos requisitos de segurança do setor.
A perspectiva de retomada é importante principalmente para devolver a tranquilidade aos profissionais que dependem do trabalho na cervejaria”.
