Lutar pela vida das mulheres e contra a violência de gênero. Estas são algumas das bandeiras defendidas no Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira (8), pelo movimento “8 de Março Unificado”. Em Belo Horizonte, acontecerá uma ato reivindicando por justiça na Praça da Estação, a partir das 16h.
O ato contará com o lançamento do livro “Guaicurus – A voz das putas”, pela Associação de Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig). “Com a alegria e resistência do Carnaval vamos marchar contra os ataques e violações que sofremos diariamente”, afirmam os organizadores do ato. Blocos de Carnaval e intervenções artísticas são outras atrações.
Em conversa com o BHAZ, Yany Mabel, jornalista e uma das organizadoras da ação, explica que uma das funções do ato é conscientizar a população sobre o que acontece no país contra as mulheres. “Vamos ocupar as ruas. Muitas companheiras são mortas pois os homens entendem que elas são propriedades deles. Precisamos conscientizar para que o discurso machista não tenha espaço. Não podemos ser mortas pelo fato de sermos mulheres”, diz.
Desde dezembro de 2018 que o ato deste ano está sendo organizado. Reuniões foram realizadas em periferias e ocupações com o objetivo de levar a estes espaços temas que antes não eram conversados, como saúde e direto da mulher, vidas negras importam, feminicídio, entre outros.
Para o ato de sexta, o tema será “Nossas vidas valem mais” fazendo alusão à morte da vereadora Marielle Franco. “Vamos pedir justiça por tudo que a vereadora representava: uma pessoa da periferia, lésbica e negra. Queremos justiça por todas as Marielles que são mortas”.
A expectativa de público, conforme informa a organizadora, é de 5 mil pessoas.
