O Botão do Pânico instalado em coletivos de Belo Horizonte entrou em ação mais uma vez nesta semana. Uma mulher de 45 anos foi assediada sexualmente e, na sequência, ameaçada de morte na última segunda-feira (30). Já são 35 acionamentos do equipamento desde sua implantação, em outubro passado.
Segundo a Guarda Municipal, um homem se recusou a pagar passagem do coletivo linha 608 – atende regiões de Venda Nova e Pampulha -, pulou a catraca e avançou em direção à mulher. Ele a importunou sexualmente e, quando a vítima pediu para que o crime fosse interrompido, passou a ameaçá-la – continuando com o assédio sexual.
A vítima, então, pediu o acionamento do botão, o que foi prontamente atendido pelo motorista. A Guarda Municipal, então, foi acionada e conseguiu deter o homem de 37 anos, encaminhado em seguida à Delegacia da Mulher.
Botão do Pânico
Ao BHAZ, a Guarda Municipal informou que, em 2018, foram seis acionamentos nos coletivos e que, neste ano, o número já chegou a 29, incluindo o caso desta semana. Portanto, o dispositivo foi acionado 35 vezes desde sua implantação.
O Botão do Pânico funciona da seguinte maneira: caso percebam algum tipo de assédio dentro do coletivo ou sejam avisados pelas vítimas, os motoristas utilizam o botão do pânico, que emitirá um alerta para o Centro Integrado de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH), que, por sua vez, fará o contato com a Guarda Municipal.
Acionado o botão, viaturas da Guarda ou da Polícia Militar serão enviadas para a captura do agressor, sem que o ônibus precise parar.
Importunação é crime
O crime de importunação sexual é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem sua aprovação. O caso mais comum é o assédio sofrido por mulheres em meios de transporte coletivo, como ônibus e metrô. Antes, isso era considerado apenas uma contravenção penal, com pena de multa. Agora, quem praticá-lo poderá pegar de 1 a 5 anos de prisão.