Atualização às 10:54 do dia 21/03/2023 : Atualizado para incluir nota da defesa de Gabriela Bispo.
Um homem e uma mulher suspeitos envolvimento no assassinato da jovem Larissa Estefane da Silva, de 17 anos, foram presos nesta segunda-feira (20) no Rio de Janeiro. A adolescente foi encontrada morta na Lagoa Várzea das Flores, em Contagem, em novembro do ano passado.
O casal Bruno Borges de Souza Pereira, de 26 anos, e Gabriela Rodrigues Bispo, de 24, foi preso na comunidade do Vidigal, Zona Sul do Rio, em operação da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Minas Gerais, com apoio de policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Vidigal.
Os dois estavam foragidos depois de serem indiciados em dezembro de 2022, com a conclusão do inquérito que investigava o homicídio da adolescente. Um terceiro suspeito, Ramon Gibson Costa, de 32 anos, também teve a prisão preventiva decretada, mas segue foragido.
Por meio de nota, a defesa de Gabriela Bispo informou que a suspeita estava foragida devido a ameaças que sofria de uma facção na região metropolitana de BH. Segundo o advogado Filipe Demétrio Menezes, a “intimidação se direcionava também para familiares e crianças que não tinham relação alguma com os fatos narrados na denúncia criminal”.
A defesa afirma que Gabriela buscou meios de colaborar com a Justiça e que a versão dela será apresentada em momento oportuno.
O homicídio
Larissa Estefane da Silva foi sequestrada e agredida até a morte no dia 5 de novembro. Em seguida, o corpo dela foi desovado na Lagoa Várzea das Flores, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Investigações apontam que a motivação foi passional.
À época, o caso tomou grande repercussão, por causa de vídeos que registraram o momento em que a adolescente era retirada de uma boate localizada no bairro Parque São João, em Contagem, passando a ser brutalmente espancada.
“A vítima estava em uma boate, na companhia de amigos, quando foi vista pelos suspeitos. O encontro foi eventual. Assim, os três, que já nutriam rivalidade pela menina, a dominaram e a sequestraram de lá, mesmo ante a tentativa dos amigos em interceder contra o ato criminoso”, explica o delegado Anderson Resende Kopke, da Delegacia Especializada de Homicídios de Contagem.
Investigação
As investigações da Polícia Civil apontam que, apesar de os investigados estarem envolvidos na criminalidade, o homicídio de Larissa Estefane da Silva teve motivação passional.
Segundo a corporação, a vítima se relacionou durante um período com o suspeito de 32 anos, Ramon Gibson Costa, e posteriormente foi apresentada ao amigo, Bruno Pereira, e à esposa dele, Gabriela Bispo. Os quatro tentaram formar uma sociedade para abrir uma boate de striptease, o que acabou não dando certo.
“Contudo, a mulher [Gabriela] teria nutrido durante o convívio inveja e ciúmes da vítima, que era muito bonita e bastante extrovertida, era uma menina que chamava atenção. Por isso, entendemos que houve um encontro ocasional entre os três, que já compartilhavam dessa antipatia pela garota, na boate”, esclarece a delegada regional em Contagem, Elisa Moreira.