Caso Backer: Cervejaria e Ministério Público chegam a acordo para indenizar vítimas

cervejaria vai indenizar vítimas
Até o momento, não foram informados dados precisos sobre as indenizações (Amanda dias/BHAZ + Divulgação/Backer)

O Ministério Público de Minas Gerais e a Cervejaria Três Lobos, fabricante das cervejas vendidas pela marca Backer, firmaram um acordo para indenizar as vítimas da intoxicação. A investigação aponta que 29 pessoas foram intoxicadas e 10 morreram no caso Backer.

De acordo com o órgão, a empresa reconhece a integralidade dos pedidos para o pagamento de danos patrimoniais e extrapatrimoniais. Após o ocorrido, em 2019, a Polícia Civil indiciou 11 pessoas por crimes como lesão corporal, contaminação e homicídio culposo.

O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Fernando Abreu dará detalhes do acordo em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (21), na sede do Ministério Público mineiro. Até o momento, não foram informados dados precisos sobre as indenizações.

Retomada autorizada

Em abril do ano passado, dois anos após a morte das vítimas, o Ministério da Agricultura autorizou que a Cervejaria Três Lobos retomasse a produção de bebidas vendidas pela Backer em seu polo industrial, em Belo Horizonte.

“A Cervejaria Três Lobos informa que obteve a aprovação para a retomada da produção de cervejas em seu parque industrial. O processo de reabertura contou com o acompanhamento das autoridades e órgãos competentes e observou todos os critérios legais e técnicos”, disse, em comunicado.

“O Mapa esclarece que a empresa atendeu às exigências feitas para garantir a segurança dos produtos, referentes às condições dos tanques de fermentação e equipamentos que serão utilizados neste retorno. A cervejaria ainda substituiu em seu processo o fluido refrigerante por solução hidroalcoólica – solução que contém água e álcool”, esclareceu o ministério.

Caso Backer: as vítimas

As testemunhas de defesa do caso Backer começaram a ser ouvidas em março deste ano em Belo Horizonte.

Segundo o inquérito da Polícia Civil, 29 pessoas acabaram desenvolvendo uma síndrome que causa insuficiência renal aguda por conta do dietilenoglicol, substância tóxica encontrada nas bebidas, que vazou de um dos tanques.

Dez pessoas morreram e outras 19 tiveram sequelas graves, como cegueira e paralisação da musculatura do corpo.

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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