Cesta básica a quase R$ 700: BH tem nova alta no custo de vida, aponta pesquisa

Supermercado
Tomate Santa Cruz, banana caturra e pão francês foram os maiores responsáveis pelo aumento (FOTO ILUSTRATIVA: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Os meses se passam e o custo de vida em BH segue aumentando. Se em fevereiro a alta registrada já era de 2%, em março o aumento foi de 1,39% em relação ao mês passado. As informações foram divulgadas pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), que realiza pesquisa de preços de produtos e serviços na capital mineira.

De acordo com o levantamento, o produto de maior contribuição para o aumento do custo de vida foi a gasolina comum, com alta de 7,11% no mês, sendo que a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 10,83%.

O Ipead faz a pesquisa de produtos e serviços agrupados em 11 itens agregados: segundo o instituto, os maiores destaques, em termos de variação, foram as altas de 11,02% para alimentos in natura, 2,47% para bebidas em bares e restaurantes e 2,25% para vestuário e complementos.

Em seguida, aparecem os aumentos de 1,91% para transporte, comunicação, energia elétrica, combustíveis, água e IPTU; de 1,64% para alimentos industrializados; de 1,61% para despesas pessoais e de 1,07% para encargos e manutenção. No sentido oposto, o Ipead destaca a queda de 1,03% para artigos de residência.

Cesta básica

Outro produto que sofreu alta no preço, aumentando o custo de vida em BH, foi a cesta básica: a seleção de alimentos, que em fevereiro chegava a R$ R$ 637,20, em março apresentou aumento de 7,76%, custando agora R$ 695,41.

De acordo com o Ipead, esta foi a maior variação mensal da cesta básica desde dezembro de 2019, quando a alta 12,05%.

O instituto aponta que os principais responsáveis por esse aumento no custo foram o tomate Santa Cruz (29,92%), a banana caturra (23,34%) e o pão francês (5,81%).

Por fim, o Ipead ainda ressalta que, pela nona vez consecutiva, a taxa Selic também subiu, indo para 11,75% ao ano e atingindo o maior nível desde abril de 2017. As taxas médias de juros praticadas para pessoa física no mês de março também apresentaram altas na maioria dos setores, ao serem comparadas às taxas observadas no mês anterior.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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