Diferentes serviços da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) podem ser suspensos, a partir desta sexta-feira (20), por causa da greve de funcionários administrativos e fiscais que teve início nesta manhã. A mobilização por melhores condições de trabalho começou com um protesto no bairro Buritis, na região Oeste da Capital. Cerca de 300 pessoas participaram do ato.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias e Congêneres de Minas Gerais (Sintappi-MG), os servidores decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado porque a categoria não recebe reajuste salarial há pelo menos dois anos. Os funcionários também questionam jornadas de trabalho muito longas e o acúmulo de funções na BHtrans. Em fevereiro, as reivindicações foram enviadas à empresa, que não as respondeu ainda.
Serviços como o atendimento no BH Resolve, vistorias de ônibus e táxis e o atendimento aos usuários na sede da empresa serão prejudicados até que haja um acordo. Segundo o diretor da Sintappi-MG, Emanuel Bonfante, 90% dos servidores aderiram ao movimento, cerca de 900 pessoas, e a greve deve durar até a próxima semana caso a BHTrans não comece as negociações. “Eles estão sentindo a pressão porque a maioria dos funcionários está mobilizada. O fim da greve só depende da apresentação de propostas por parte da empresa”, disse à Bhaz.
A BHTrans informou, por meio de nota, que a maioria das atividades comprometidas pela greve poderão ser reprogramadas. Já para as operações de trânsito, integrantes da Guarda Municipal e do Batalhão de Trânsito vão ser utilizados como reforço. Apesar da posição do Sintappi-MG, a BHTrans afirma que já está negociando com a categoria “visando o retorno imediato das atividades plenas da empresa, sem prejuízo para a comunidade”.
Uma reunião no Ministério Público do Trabalho foi realizada no último dia 10 de maio, mas não houve acordo entre a empresa e os funcionários.