Centro de Belo Horizonte vazio e comércios fechados. Este é o cenário do primeiro dia do decreto (leia aqui) do prefeito Alexandre Kalil (PSD), que estabelece o fechamento de estabelecimentos comerciais, com o objetivo de conter o avanço do novo coronavírus na capital.
Quem decidiu abrir o estabelecimento, nesta sexta-feira (20), tem dúvidas sobre o movimento, mas deve seguir o que diz o decreto. Ele autoriza o serviço, no caso de restaurantes, por exemplo, desde que o cliente peça delivery ou retire a embalagem na loja e leve para comer em outro local.
Fabiana Moreira é proprietária de um restaurante na Avenida Amazonas, no Centro da cidade. Ela tem 10 funcionários trabalhando, devidamente protegidos, e está funcionando à meia-porta. “O cliente não pode entrar no restaurante, ele pode pedir pelo delivery ou pegar o pedido para comer em casa. Estou fazendo um teste, se não tiver clientes, vou dispensar os funcionários e fechar”, explica.
Nessa quinta-feira (19), Kalil assinou um outro decreto (confira aqui) autorizando o parcelamento e adiamento do pagamento de impostos para os comerciantes afetados com as medidas adotadas na cidade.
Mercado Central funciona parcialmente
Supermercados, padarias, mercados e farmácias não foram abrangidos no decreto e poderão funcionar. No caso do Mercado Central de Belo Horizonte, o funcionamento é parcial.
O superintendente do Mercado, Luiz Carlos Braga, garante que não estão descumprindo o que foi determinado pela Prefeitura. Somente as lojas que vendem produtos de primeira necessidade e venda perecíveis estão abertas. “Açougue, queijarias, peixarias, lojas de ervas, produtos para feijoada, farmácias estão funcionando de 7h às 18h. Já os bares, lanchonetes restaurantes estão fechados”, informa.
A equipe do Mercado também disponibilizou álcool em gel nos corredores, higienizou as escadas e garante que está adotando todas as medidas necessárias para a segurança dos comerciantes e clientes.