O diretor do Colégio Militar de BH, Regis Rodrigues Nunes, confirmou hoje (17) a retomada das atividades presenciais da instituição a partir da próxima segunda-feira (21). O comunicado foi feito em uma live para pais, alunos e responsáveis, onde o diretor também esclareceu algumas dúvidas. No entanto, a medida não foi suficiente para acalmar os alunos, que estavam insatisfeitos desde que a hipótese foi levantada (relembre aqui).
Nos primeiros minutos da live, o dirigente leu um comunicado que já havia circulado ente os alunos ontem (16). O documento estipula que a presença é obrigatória para os alunos dos ensinos médio e fundamental, com exceção apenas para estudantes que fazem parte do grupo de risco, desde que seja comprovada a condição por meio de documentação. As aulas serão intercaladas: segunda, quarta e sexta para o ensino médio e terça e quinta para o fundamental.
Após a leitura do texto, o diretor tentou acalmar os estudantes. “Pra vocês, nossos alunos, solicito que mantenham os cuidados com a saúde como sempre mantiveram. Prossigam nos seus estudos, com equilíbrio. Tenham calma, pois a situação vai passar, já está passando”, disse Nunes, que pediu ainda que os alunos tivessem “pensamento positivo”.
‘Desesperador’
Apesar das tentativas de tranquilizar a comunidade escolar, a live não ajudou muito, conforme relatos dos estudantes. Uma aluna do ensino médio do colégio, que pediu para não se identificar, contou ao BHAZ que muitas das principais questões continuam: “Ele leu o documento que a gente já tinha recebido e respondeu algumas coisas, mas os maiores problemas não foram falados. E os alunos que precisam pegar transporte coletivo para ir para a aula, eles não tocaram nesse assunto. Foi desesperador, porque a gente ficava perguntando as coisas e nenhuma dúvida era esclarecida”.
Segundo a estudante, outra questão importante que não foi abordada foi o que levou o colégio a decidir retomar as atividades por um período tão curto até o final do ano letivo. “A gente vai revezar os dias, então o ensino médio vai na segunda, quarta e sexta. Só que a nossa última avaliação é em novembro. Isso significa que, a partir da segunda até novembro, nós vamos ter 16 dias de aula presencial, não justifica”, explica.
Agora, as dúvidas permanecem e os alunos, inseguros, precisam se preparar para voltar às atividades na próxima semana – medida que é contestada por especialistas (veja aqui): “A live falou de algumas coisas, mas não tirou nem metade das dúvidas, e a gente precisava ter 300% de certeza que vamos estar seguros pra tudo poder voltar assim”.