O Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) registrou um boletim de ocorrência, na tarde dessa sexta-feira (20), contra os representantes do Edifício JK, icônico prédio projetado por Oscar Niemeyer em Belo Horizonte. O instituto denuncia a suposta má conservação do bloco B, local que abriga o acervo histórico do IHGMG.
Segundo o boletim policial, a diretoria da entidade afirma que o condomínio deixou de promover medidas de conservação e reparo, apesar de diversas tentativas de diálogo. A falta de cuidado teria ocasionado infiltrações graves que deterioraram o teto, causando fissuras e inundações.
Para os representantes do IHGMG, o condomínio do Edifício JK age com indiferença e descaso no que diz respeito à preservação do acervo bibliográfico e documental. Devido à lei de tombamento, as peças deveriam estar protegidas.
O IHGMG diz que já encaminhou diversas notificações à administração do prédio, mas ninguém tomou providências. A ocorrência foi encaminhada à Promotoria de Justiça do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.
O BHAZ tentou contato com o JK, mas não conseguiu falar com seus representantes. Em nota à RecordTV, a administração do edifício informa que a infiltração ocorre devido a um problema dentro do local onde está o instituto. Assim, defende que a culpa não é do condomínio, então “cabe ao instituto ou o Estado a reforma” (leia abaixo na íntegra).
O BHAZ entrou em contato com o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) para mais detalhes sobre a denúncia ao edifício JK.
Nota Edifício JK
A administração do Edifício JK informou que a infiltração acontece com um problema dentro da loja, onde está o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, e não em decorrência de problemas no prédio e que, portanto, cabe ao instituto ou ao Estado a reforma. O JK também informou que mantem o diálogo com o Instituto.