Pelo 5º mês seguido, o endividamento das famílias de BH caiu. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e o Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio-MG.
A queda foi de 0,3% em relação ao mês de outubro. Com a redução, o endividamento das famílias em BH chegou a 91,7%, afetando 53,3% dos consumidores. Esse quadro mostra o quanto os belo-horizontinos estão se comprometendo com financiamento de imóveis, carros, empréstimos e cartão de crédito.
Já o índice de inadimplência, que hoje representa 9,5% dos moradores da capital mineira, retrata a quantidade de pessoas que têm dívidas atrasadas.
A maioria dos consumidores que estão em Belo Horizonte tem maior parte do endividamento causado pelo cartão de crédito. No último mês, 93,3% se comprometeram com a modalidade. De todos os endividados, 58,1% ainda não conseguiram honrar os compromissos.
Entre as famílias com contas pendentes, 25,2% alegam que as dívidas ultrapassam os 90 dias.
Alerta para o número de endividamento das famílias em BH
Mesmo com a queda, os números são um alerta para os especialistas. Para Gabriela Martins, economista da Fecomércio-MG, o número ainda é muito alto. Mas, entende-se que o acesso ao cartão de crédito facilita o acesso ao consumo.
“Apesar de alarmante, é sempre importante salientar que o endividamento, por si só, não pode ser interpretado como um fator negativo, visto que a utilização do crédito (de maneira consciente) permite o acesso a um maior nível de consumo”, explica.
“A inadimplência, por sua vez, pode ocasionar uma restrição de acesso ao crédito, desta forma, a aquisição de produtos e serviços por meio do crediário acaba sendo limitada”, completa.
Por isso, a especialista dá algumas dicas para algumas mudanças e conseguir modificar esse cenário. “Para evitar o descontrole financeiro, é preciso estabelecer um planejamento financeiro sólido, que inclua um orçamento detalhado e a reserva de fundos para emergências”, acrescenta.
“Manter uma boa pontuação de crédito, investir em educação financeira, controlar conscientemente os gastos e considerar medidas como a diversificação de fontes de renda são práticas adicionais que fortalecem a estabilidade financeira a longo prazo”, finaliza.