Estudante da UFMG ganha prêmio nacional ao relacionar danos no fígado ao diagnóstico de Covid

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Paulo Marazzi é bolsista de iniciação científica no Laboratório de Sinalização de Cálcio do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (Arquivo pessoal)

Um estudante do Colégio Técnico da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) foi um dos ganhadores da 20ª edição do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica. Paulo Marazzi desenvolveu uma pesquisa sobre a relação de lesões no fígado ao diagnóstico de Covid-19.

O estudante é bolsista de iniciação científica no Laboratório de Sinalização de Cálcio do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e recentemente foi selecionado para participar de programas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

A cerimônia de premiação acontece em 26 de julho, no campus da Universidade Federal do Paraná. A premiação da categoria “Iniciação Científica Júnior” prevê um valor de R$ 5 mil e uma bolsa de Iniciação Científica no país.

Estudo premiado

Marazzi foi orientado pela professora Maria de Fatima Leite, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do ICB. O estudante iniciou o trabalho premiado ao perceber que pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 são frequentemente diagnosticadas com graves disfunções hepáticas, apesar de o vírus raramente ser encontrado no fígado.

Além dele, participaram do estudo os integrantes do Laboratório de Sinalização de Cálcio, os pesquisadores do Laboratório de Hipertensão, liderado pelos professores Robson Santos e Thiago Verano-Braga, e os integrantes do Laboratório de Patologia Molecular, coordenado pela professora Paula Vidigal.

“Essa conquista contribui para a quebra de inseguranças do ‘menino Paulo’, que iniciou sua trajetória em um laboratório de pesquisa aos 15 anos. Dedico este trabalho e o prêmio a todos os pacientes que morreram de covid-19 sem a oportunidade de se vacinarem contra a doença”, desabafou o estudante.

Falta de financiamento

O jovem fez questão de mencionar que a pesquisa foi desenvolvida em um momento em que o laboratório disponha de poucos recursos e sem nenhum financiamento vigente.

“Somado a isso, a ciência brasileira atravessava constantes ataques como consequência de uma onda negacionista que vivemos nos últimos quatro anos. Daí a importância de uma extensa colaboração entre laboratórios e professores da UFMG”, concluiu.

Com UFMG

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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