Febre Pokémon: Roubos e boatos movimentam a capital mineira

Reprodução/Twitter

“Pokémon, temos que pegar”. A expressão é bastante conhecida por jovens e adultos que passaram parte da década de 1990 vendo os monstrinhos sendo capturados no desenho exibido, ao longo dos últimos anos, em diferentes emissoras brasileiras. O mundo de fantasia da animação japonesa ganhou proporções inimagináveis, no fim de julho, com o lançamento de Pokémon GO para smartphones.

O game, que tem como principal recurso a realidade aumentada (informações virtuais integradas ao mundo real), se transformou em uma verdadeira febre no Brasil, mesmo com os atrasos para desembarcar por aqui. E na capital mineira, usuários de idades variadas comprovam, nas ruas, que a plataforma é realmente a sensação do momento. Seja na praça da Liberdade, no parque Municipal, ou em regiões mais afastadas do Centro, grupos inteiros se mobilizam para se tornar “mestres pokémons”.

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Praça da Liberdade é tomada por jogadores de Pokémon Go, em diferentes dias da semana
(Foto: Bhaz)

Além de divertir e agradar aos mais saudosistas fãs da saga animada, a caça aos bichinhos virtuais também tem despertado preocupação quanto à segurança dos jogadores do game. Veja bem, Pokémon GO não é uma praga que veio para assolar a humanidade, como muitos esbravejam por aí.

No entanto, a procura por Pikachus, Bubassauros e Squirtles já causou problemas a jogadores mais desatentos: na última semana, um adolescente precisou ser internado depois de caminhar mais de 30km atrás dos monstrinhos. E, nesta semana, a Polícia Militar (PM) divulgou um balanço no qual revela que quase duas dezenas de usuários do game já tiveram celulares roubados, apenas em Minas Gerais.

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Memes publicados nas redes sociais criticam quem faz críticas a Pokémon Go
(Reprodução/Facebook)

Segundo a corporação, onze cidades mineiras registraram crimes relacionados ao jogo, EM APENAS QUATRO DIAS. BH encabeça o levantamento, realizado entre os dias 3 e 7 agosto, com quatro roubos e uma extorsão. Em uma das ocorrências, dois irmãos foram abordados por um rapaz enquanto jogavam entre as avenidas Afonso Pena e Brasil, na região Central. O jovem intimidou os garotos, de 12 e 14 anos, e exigiu que eles entregassem os celulares e saiu correndo. “Passa o celular, playboyzinho”, disse.

Ao todo, 16 casos envolvendo o jogo foram anotados no Estado em um curto período de tempo. Em uma média, é possível dizer que quatro pessoas são alvo de crimes, diariamente, por jogar Pokémon Go.

Veja abaixo o levantamento divulgado pela Polícia Militar:

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Divulgação/Polícia Militar

Os crimes envolvendo jogadores de Pokémon GO não são as únicas ocorrências que geram preocupação e debates nas redes sociais. Atropelamentos e boatos de outros acidentes, como o caso de um homem que teria caído do 16º andar de um prédio em BH (clique aqui e descubra se é verdade), também deixam as autoridades em alerta. Além da Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Cemig divulgaram orientações, materiais e até uma paródia com o funk “Malandramente” para conscientizar os jogadores.

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Bombeiros fizeram alerta para jogadores de Pokémon GO no Twitter
(Reprodução/Twitter)

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Cemig também divulgou comunicado sobre o game
(Divulgação/Cemig)

Vale lembrar que os desenvolvedores de Pokémon GO colocaram um alerta na tela inicial do game. O aviso tem como objetivo justamente prevenir que os usuários sejam vítimas de acidentes, roubos e outras situações nada agradáveis enquanto brincam. Portanto, não se esqueça: jogar Pokémon Go e virar um verdadeiro mestre é legal, mas sua saúde e segurança devem estar sempre em primeiro lugar. Mesmo que você precise desesperadamente capturar um Vulpix, um Abra ou até um Zubat.

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“Lembre-se de estar alerta em todos os tempos.
Fique ciente de seus arredores”
(Reprodução/Pokémon Go)
Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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