Fim da greve: Metrô de BH volta a operar normalmente nesta segunda-feira

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Após 34 dias de greve, o metrô de Belo Horizonte volta a funcionar normalmente na próxima segunda-feira (Amanda Dias/BHAZ)

Após 34 dias de greve, o metrô de Belo Horizonte volta a funcionar normalmente na próxima segunda-feira (20). A decisão foi tomada em assembleia realizada ontem pelos trabalhadores vinculados ao Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais).

Apesar do retorno ao trabalho, os empregados esperam uma resposta da intermediação do Ministério Público, prevista para próxima sexta-feira (24). A categoria luta pela revogação do Inciso III do artigo 6º da Resolução CPPI 206, que impede que os servidores do metrô de BH sejam transferidos para outras unidades da CBTU nacional.

Na segunda-feira, as bilheterias do metrô voltam a funcionar das 5h40 às 23h e as estações estarão abertas das 5h15 às 23h para quem já possui cartão ou bilhete do metrô. Em dias úteis, o intervalo entre os trens é de 7 minutos em horários de pico e 15 minutos nos demais horários.

Aos sábados, o intervalo é de 15 minutos até 19h, e 20 minutos nos demais horários. Já nos domingos e feriados, o intervalo é de 20 minutos. O horário de pico da manhã é das 6h às 8h30 e o da tarde das 16h30 às 19h. O valor da tarifa do metrô é R$4,50. 

Impactos da greve

A greve do metrô de BH teve início no dia 14 de fevereiro. Segundo a CBTU, a paralisação já gerou um prejuízo de mais de R$ 12 milhões à companhia, considerando o período de Carnaval. 

“No Carnaval de 2020, o metrô transportou quase 800 mil usuários em todo o sistema, de sexta a terça-feira. Só a estação Central recebeu mais de 150 mil passageiros. Em média, 100 mil usuários por dia útil são prejudicados pela greve”, disse o órgão, em nota.

No dia 15 de fevereiro, a CBTU conseguiu uma liminar que determinou o funcionamento de 70% dos trens durante o movimento paredista sob multa de R$200 mil por dia de descumprimento. A Justiça ainda determinou o bloqueio de R$ 1,2 milhão das contas do sindicato. Apesar disso, o metrô permaneceu em greve total desde então.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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