É chegada a hora de retirar os agasalhos e cobertores mais pesados do armário. A Defesa Civil de Belo Horizonte emitiu, nesta terça-feira (4), uma alerta de baixas temperaturas para a capital, que deve registrar sensação térmica de até 9ºC ao longo dos próximos dias.
O alerta da Defesa Civil é válido até as 8h da sexta-feira (7). Segundo o órgão, a temperatura mínima em BH pode ficar na casa dos 13º durante as manhãs. Uma massa de ar frio que se aproxima de Minas Gerais será responsável pelas baixas temperaturas, que podem acentuar problemas respiratórios e a propagação de doenças típicas deste período do ano (veja abaixo).
O meteorologista Cleber Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que as baixas temperaturas são comuns no outono, já que trata-se de uma estação de transição para o inverno. “As massas de ar polar começam a chegar à região Sudeste nessa época do ano. A que avança sobre Minas Gerais é a terceira e, provavelmente, a mais intensa. É por isso que teremos uma queda de temperatura mais significativa. No Sul de Minas, por exemplo, há previsão até mesmo de geadas”, contou o especialista ao BHAZ nesta terça-feira.
Souza ainda conta que a sensação térmica é resultado das temperaturas registradas pelos termômetros somadas à velocidade do vento em determinado momento do dia. “A sensação térmica é o que as pessoas sentem quando são expostas ao vento em algum horário específico, juntamente com a temperatura registrada no momento”, diz.
O meteorologista também pondera que a chegada da massa de ar polar pode fazer com que diversas cidades de Minas tenham recorde de frio nos próximos dias. Em relação à ocorrência de chuvas, diz que nesta quarta-feira (5) regiões como o Vale do Rio Doce, o Mucuri e o Jequitinhonha podem ter chuvas fracas. “A semana será de tempo seco na maioria do Estado e não há previsão de chuva para Belo Horizonte nos próximos dias”, afirma.
Doenças respiratórias e alergias
O outono começou oficialmente no dia 20 de março. Como estação de transição entre o verão e o inverno, ela mescla características dos dois e, embora ainda possa haver calor, traz a esperança de temperaturas mais amenas. Mas se a nova estação pode trazer alívio quanto ao calor, pode representar também o surgimento ou o agravamento de doenças respiratórias e alergias.
Uma das razões para isso é a queda da umidade relativa do ar. Nesta época do ano, pessoas com doenças crônicas relacionadas ao tabagismo, por exemplo, costumam sofrer mais. Outros exemplos são os que convivem com asma e rinites, pois a poluição do ar fica agravada no outono. Mas a boa notícia é que é possível diminuir os sintomas e até prevenir as doenças respiratórias e as alergias.
Como o clima fica propício para a transmissão de vírus e para a proliferação de fungos e bactérias, a primeira dica é evitar aglomerações. Além disso, recomenda-se evitar ficar em ambientes muito fechados. Aqueles que têm uma patologia, como os asmáticos, precisam usar a medicação adequada e de forma correta, sem sessar. No caso das viroses, a maioria pode ser evitada com vacinação, inclusive oferecida pelo SUS, especialmente para os doentes crônicos.
Não se automedicar é outra dica relevante. Em casos de sintomas ligados a estas doenças, o melhor é procurar um posto de saúde para investigar a situação. Só um profissional de saúde pode indicar a melhor medicação e a dose adequada tanto para doenças respiratórias, quanto para alergias e viroses.
Com secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro
