O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), sugeriu que a gestão dele não é “alvo” dos vereadores da Câmara Municipal porque eles têm cargos na prefeitura. A declaração foi feita em entrevista à rádio Super Notícia, nesta quinta-feira (16).
O entrevistador citou as duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) abertas na CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte) que apuram ações da prefeitura. Uma delas investiga supostas irregularidades no contrato de limpeza da água da Lagoa da Pampulha, e a outra apura suposta interferência do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) nas obras da Arena MRV, do Atlético.
Questionado se sente que sua gestão é um alvo da casa legislativa no momento, como Kalil afirmava ser durante o último mandato, Fuad Noman negou.
“Não sou alvo de nada. Tenho um relacionamento bom com a Câmara. De vez em quando uns vereadores brigam comigo, falam que não estão sendo atendidos… O que as pessoas não lembram é que, nos seis anos de Kalil, nenhum vereador teve cargo na prefeitura. Agora, comigo, está tendo”, declarou.
Em relação às CPIs, o prefeito disse considerar “coerente” a investigação dos contratos da Lagoa da Pampulha, mas afirmou que a comissão que apura a relação do ex-prefeito Kalil com o Atlético não contribui com a cidade.
“É uma briga entre duas pessoas que a Câmara resolveu assumir. Em que melhora Belo Horizonte se o Atlético pagou 100 ou pagou 200? A prefeitura foi prejudicada? Com certeza, não. O Atlético foi prejudicado? Então tem que fazer uma CPI no Atlético, não na prefeitura”, disse.
“Mas a Câmara tem liberdade para tomar a decisão que quer, a gente está pronto para responder tudo que precisar, não tem nada a esconder. CPI nunca é bom, porque atrapalha os trabalhos normais da Câmara e da prefeitura, mas é com muita tranquilidade que enfrentamos isso”, finalizou Fuad Noman.
