A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou em Belo Horizonte, nessa terça-feira (18), 12 suspeitos presos por integrar uma quadrilha especialista em explosões a caixas eletrônicos. O grupo seria responsável por 30 ataques a bancos e postos de gasolina realizados no Estado, com prejuízo estimado de R$ 1,5 milhão. A gangue era investigada há 10 meses.
Por meio da operação “4M”, sete suspeitos da quadrilha foram presos quando voltavam de Oliveira, região Oeste de Minas, para o distrito de Morro dos Ferros, onde planejavam furtar uma agência bancária. O nome da operação é uma referência ao fato dos integrantes do grupo afirmarem valorizar “Música, Mulher, Maconha e Malote”. Os sete são de Contagem e Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, João Prata, o bando agia de forma específica. Primeiro escolhiam o alvo mais vulnerável e depois se deslocavam juntos para o local do ataque. Parte do grupo era responsável por fazer os assaltos darem certo e continha possíveis ações da polícia, utilizando armas de grosso calibre e “miguelitos”, objetos metálicos para furar pneus das viaturas.
Em seu modo de operação, o grupo era coordenado seguindo um método. “Em alguns ataques parte do grupo fica posicionado próximo às companhias ou destacamento policial para impedir qualquer intervenção policial. Em seguida, disparam inúmeros tiros para o alto com o objetivo de intimidar a presença de testemunhas”, afirma o delegado.
Ligados à mesma quadrilha, cinco homens foram presos preventivamente no dia 21 de agosto em Felixlândia, região Central de Minas, suspeitos de participar de uma explosão em um banco da cidade. Na ação policial, foram apreendidas sete armas, sendo quatro pistolas de calibre 45, duas espingardas e uma submetralhadora 9mm. A agência roubada na ocasião fica embaixo de um quartel da Polícia Militar.
