Os metroviários de Belo Horizonte decidiram, após nova assembleia na manhã deste sábado (25), manter a greve geral até a próxima quarta-feira (1º). Segundo representante da categoria, funcionários do metrô de BH irão a Brasília no início da semana para tentar dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao BHAZ, o Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais) explica que a situação dos metroviários segue incerta desde o processo de transferência da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) para a iniciativa privada.
“Segunda-feira à tarde, vamos a Brasília em quatro ônibus. Faremos um ato na Praça dos Três Poderes e vamos tentar ser recebidos pelo Lula. Queremos abrir a discussão para ver como fica a questão dos trabalhadores”, conta o fiscalizador do sindicato, Robson Gonçalves.
De acordo com Robson, uma nova assembleia está marcada para o dia 1º de março, ocasião em que o grupo discutirá os rumos da greve.
Multa de R$ 1,2 milhão
Em nota à imprensa neste sábado, a CBTU afirma que, após város descumprimentos, a Justiça determina agora a multa diária de R$ 200 mil caso o Sindimetro não opere com a escala mínima de trens. Nova liminar adiciona o bloqueio de mais R$ 950 mil das contas bancárias do sindicato, somando R$ 1,2 milhão até o momento.
“O magistrado ainda solicita aos órgãos competentes que sejam utilizadas todas as ferramentas disponíveis para fins de localização de bens do Sindimetro, inclusive com repetições de ordem de bloqueio e restrição de circulação de veículos”, diz um trecho do comunicado.
Ainda segundo a CBTU, o juiz determinou que os dirigentes sindicais se responsabilizem pelo pagamento das multas, “já que a conduta de submeter a ordem judicial proferida à deliberação da assembleia é, por si só, ato ilícito”.