Governo de Minas suspende expediente em prédios da Cidade Administrativa por problemas em elevadores

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Expediente em dois prédios n=da Cidade Administrativa está suspenso nesta sexta-feira (Seplag-MG/Divulgação)

O Governo de Minas suspendeu, em caráter de urgência, o expediente presencial em dois prédios da Cidade Administrativa nesta sexta-feira (10). Em comunicado à imprensa, o Executivo afirma que a medida ocorre em virtude da necessidade de paralisação do uso dos elevadores sociais e privativos dos prédios Minas e Gerais após perícia preventiva concluída nessa quinta-feira (9).

O texto explica que, após desistência da empresa que venceu a primeira licitação para reparo dos elevadores, o governo solicitou perícias oficiais, “visando sempre garantir a segurança e integridade física dos servidores”. As atividades nos prédios Tiradentes e Alterosas estão mantidas normalmente.

A atual gestão culpabiliza os responsáveis pela obra, inaugurada em 2010, pelos problemas enfrentados. “A medida é inevitável diante da sequência de problemas decorrentes da negligência e má construção dos edifícios”.

A governo convocou a imprensa para uma reunião, na manhã de hoje, em que deve detalhar a situação dos elevadores na Cidade Administrativa.

Processo por supostos erros em elevadores da Cidade Administrativa

Em abril deste ano, o Governo de Minas Gerais anunciou que entraria com medidas para que empresas responsáveis por erros na construção da Cidade Administrativa arquem com os custos de conserto dos elevadores. Em novembro do ano passado, um servidor de 66 anos morreu após fazer parte do trajeto até o 13º andar do prédio Minas Gerais de escada devido à pane dos elevadores (relembre abaixo).

Por meio da Seplag-MG (Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão), objetivo do Estado é garantir o ressarcimento aos cofres públicos dos cerca de R$ 20 milhões que serão aplicados em obras na sede do governo.

Segundo o Executivo estadual, a recuperação necessária nos elevadores, neste momento, tem a ver com problemas na origem da construção da Cidade Administrativa, inaugurada em março de 2010.

“Mantendo a coerência no enfrentamento à corrupção e responsabilização pela prática de atos ilícitos, o Estado não permitirá que este prejuízo chegue aos contribuintes, obrigando as empresas envolvidas, mais uma vez, a ressarcirem o Tesouro Estadual por mais um transtorno causado aos mineiros”, diz Executivo estadual, em nota.

Será instaurado um Processo Administrativo Punitivo (PAP) para apurar as irregularidades identificadas. A Seplag-MG ainda vai apurar as irregularidades identificadas preliminarmente no trabalho realizado pelas empresas responsáveis pela construção do complexo.

Desistência após licitação

|Também em abril deste ano, a empresa selecionada para o trabalho de manutenção dos elevadores da Cidade Administrativa desistiu de assinar o contrato. Segundo a prestadora de serviços, o motivo estava relacionado a “dificuldades internas em cumprir as obrigações estipuladas”.

As intervenções vão ser feitas nos pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores, em razão da identificação, em laudo, de que não foram devidamente chumbados conforme o projeto.

As intervenções nos prédios são para corrigir vícios construtivos na fixação dos pilares de sustentação dos elevadores. Os reparos serão feitos em etapas e a previsão é de que a intervenção em 12 elevadores do prédio Minas seja concluída até junho.

“A situação verificada nos elevadores, conforme os laudos, e que está sendo corrigida com as intervenções necessárias, não compromete a estrutura dos prédios e não há risco ao público que acessa a sede do Executivo estadual”, garante o governo.

Servidor morre na Cidade Administrativa

A pane nos elevadores da Cidade Administrativa tornou-se pública após a morte de um servidor de 66 anos, que sofreu um mal súbito após ter subido lances de escada, conforme narram fontes ouvidas pela reportagem, o que é investigado pelas autoridades.

Os bombeiros foram acionados para socorrer a vítima, que teve o óbito constatado pelo Samu. Ele chegou a ser submetido a massagens cardíacas, mas não resistiu.

Os elevadores centrais do prédio Minas da Cidade Administrativa não estavam funcionando na ocasião, o que teria levado o idoso a fazer parte do trajeto até o 13º andar de escada. Não se sabe quantos andares ele precisou subir pela escada.

Isso porque, desde a pane nos equipamentos, o governo autoriza o uso dos elevadores privativos pelos servidores – além de ter permitido o teletrabalho.

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