Greve do metrô em BH é mantida e sindicato fará nova assembleia na sexta-feira

Metrô de BH
(Amanda Dias/BHAZ)

A greve do metrô em BH será mantida, pelo menos, até o fim da tarde desta sexta-feira (10). A decisão foi tomada em assembleia do Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais) realizada nesta quinta (9).

De acordo com Robson Gonçalves, do conselho fiscal do sindicato, os representantes se reunirão amanhã, às 18h, para definir se a paralisação seguirá mantida ou se será suspensa.

Segundo o Sindimetro-MG, a suspensão da greve está condicionada à revogação do Inciso III do artigo 6º da Resolução CPPI 206, que impede que os servidores do metrô de BH, que será privatizado, sejam transferidos para outras unidades da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) nacional.

Caso o item da resolução seja revogado, os servidores voltam a ser da Administração Central da CBTU Nacional. “Os trabalhadores poderão transferidos para outras unidades da CBTU e a gente terá a garantia da manutenção do nosso emprego público”, explica Karine Tavares, diretora jurídica do Sindimetro-MG.

Segundo Robson Gonçalves, o sindicato recebeu a informação de que o inciso pode ser revogado entre hoje e amanhã. Caso ele seja retirado da resolução, os trabalhadores do metrô de BH vão suspender a greve.

O BHAZ procurou o governo federal, responsável pela Resolução CPPI 206, e aguarda retorno.

Mais de 20 dias de greve

A greve do metrô de BH teve início no dia 14 de fevereiro. Segundo a CBTU, a paralisação já gerou um prejuízo de mais de R$10 milhões à companhia, considerando o período de Carnaval. 

“No Carnaval de 2020, o metrô transportou quase 800 mil usuários em todo o sistema, de sexta a terça-feira. Só a estação Central recebeu mais de 150 mil passageiros. Em média, 100 mil usuários por dia útil são prejudicados pela greve”, disse o órgão, em nota.

No dia 15 de fevereiro, a companhia conseguiu uma liminar que determinou o funcionamento de 70% dos trens durante o movimento paredista sob multa de R$200 mil por dia de descumprimento. A Justiça ainda determinou o bloqueio de R$ 1,2 milhão das contas do sindicato. 

Apesar disso, o metrô permaneceu em greve total desde então.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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