O prefeito Alexandre Kalil (PHS) se reuniu com professores da rede de Educação Infantil e representantes do Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH), nesta quarta-feira (25).
A reunião selou o acordo entre as partes para que a PBH apresente uma proposta de aumento salarial e carreira para a classe de professores até o dia 2 de maio. A proposta será debatida pela classe na assembleia que será realizada no dia 3 de maio. Sendo assim, conforme adiantado pelo Bhaz, a greve vai se manter até o início do próximo mês.
Em entrevista, Kalil disse que a proposta será formulada dentro das condições financeiras da PBH. “Não vamos quebrar a prefeitura. Tudo será feito dentro da realidade e com base nos números. O que podemos adiantar é que não será um aumento escalonado. A proposta de aumento de 15%, que estava correndo na Câmara Municipal, será paralisada. Esse foi um acordo entre as partes”, disse Kalil.
Sobre a greve, o prefeito afirmou entender e apoiar o movimento, que, segundo ele, é legítimo. “Não há a menor condição psicológica de voltar às aulas neste momento e a prefeitura entende isso. O que precisamos é separar uma greve legítima, como essa, da bagunça organizada que foi feita de maneira premeditada para prejudicar a cidade”, afirmou.
A professora e membro da diretoria do Sind-Rede, Evangely Rodrigues, disse que o sindicato e a classe vão esperar a definição da PBH para tomarem uma decisão. “Vamos dialogar com a sociedade sobre a importância da unificação da carreira e aguardar uma proposta da PBH para que se encerre a greve. Merecemos a valorização à altura como professor municipal, tendo uma carreira e condição melhor”, disse.
Ainda de acordo Evangely, não houve negociação de percentual com o prefeito. “Pleiteamos a ascensão de carreira, com salário por volta de R$ 2.200 como salário base. A reunião foi válida também no sentido de aproximar o sindicato, a classe e o governo. Vamos aguardar”, afirmou.
