A Justiça condenou um homem a dez anos de prisão e multa por estelionato sentimental contra mulheres, em Belo Horizonte. Segundo a denúncia do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), ele utilizava aplicativos de relacionamento para se aproximar das vítimas e obter vantagens.
Em um dos casos, o homem aproximou-se de uma mulher utilizando um pseudônimo e dizendo que estava passando por dificuldades financeiras. Ele utilizou do argumento de que estava sendo ameaçado de morte por um agiota, fazendo com que a vítima lhe emprestasse dinheiro.
Os dois iniciaram um relacionamento, e a mulher fez outros empréstimos para o homem. Entre novembro de 2021 e abril de 2022, o acusado obteve da vítima 72 transferências bancárias, no valor total de R$ 110.831,15.
Além disso, o homem condenado por estelionato induziu a então namorada a financiar um carro avaliado em R$ 47.757,64, tendo pago somente três das primeiras parcelas.
Mais vítimas
Em um segundo caso apresentado pela denúncia do Ministério Público, o homem usou a mesma estratégia de aproximação por meio de aplicativo de relacionamento. Na ocasião, ele induziu a mulher a lhe emprestar R$ 2,5 mil.
Para convencê-la, o acusado dizia que seu carro estava com multas e que, se não fossem pagas, ele perderia a posse do veículo. Também fez com que a vítima contratasse um empréstimo bancário de R$ 5 mil, realizasse transferências e ainda usou o cartão de crédito dela.
Conforme apuração do MPMG, entre julho de 2021 e julho de 2022, o acusado conseguiu obter vantagem econômica da vítima por meio de 33 transferências bancárias.
A terceira vítima, por sua vez, foi induzida a fazer uma transferência para o homem no valor de R$ 520. Ele também se aproximou dela por meio de um aplicativo de relacionamento, e os dois passaram a se envolver amorosamente.
O acusado aproveitou dos sentimentos da mulher, e utilizou a desculpa de que seu cartão estava com o pai e que ele precisava pagar algumas contas. Em outubro de 2021, por meio de ligações e mensagens, o homem constrangeu a vítima e a ameaçou de morte com o intuito de obter dinheiro.
A mulher, temendo pela sua vida e dos familiares e amigos, transferiu R$ 250. Além da condenação a 10 anos de prisão, a 6ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte suspendeu os direitos políticos do homem enquanto durarem os efeitos da condenação.
Inicialmente, o regime está fixado como fechado para o cumprimento da pena, e o acusado teve o direito de recorrer em liberdade negado. Isso porque foi considerado que o número de vítimas atingidas, a gravidade e a circunstância dos fatos revelam uma maior possibilidade de repetição do crime.
Arreda pra cá
Em meio aos passos apressados, estresse e correria de um dia comum no Centro de BH, é cada vez mais comum ver pessoas parando rapidamente e olhando para o alto. Não por causa do céu, mas sim para observar as obras gigantes pintadas nas laterais de diversos prédios da região.
As famosas empenas, como são chamadas as laterais sem janela dos prédios, são parte do Cura (Circuito Urbano de Arte), festival de arte urbana que enriquece as ruas de Belo Horizonte e leva arte para todos. E uma das idealizadoras do projeto está no Arreda pra Cá, o podcast do BHAZ.
No podcast, Giovanna Fávero e Asafe Alcântara vão receber dez convidados de diversas áreas que impactam e transformam Belo Horizonte para um papo sobre vida e carreira. Desta vez, quem passa pelo nosso sofá é Janaína Macruz, que se uniu às artistas Priscila Amoni e Juliana Flores para criar o Cura, em 2017.
Veja a entrevista completa:
Com MPMG
