Um homem de 62 anos foi preso nessa segunda-feira por estuprar a vizinha, uma adolescente de 13 anos. De acordo com a Polícia Civil, além dos abusos, o homem ainda teria ameaçado a menina de morte caso ela contasse sobre a violência sexual para alguém. Ele foi detido em Vespasiano, na região metropolitana de BH.
O crime ocorreu na primeira semana deste mês. Conforme apontam as investigações conduzidas pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), o homem forçou a adolescente a ir até um espaço vazio, onde pretendia praticar a violência. “Segundo relatos, o investigado pegou a vítima pelo pescoço e a levou até uma construção”, conta a delegada Nicole Perim, responsável pelo caso.
Ainda segundo Nicole, por sorte, a vítima não sofreu um trauma ainda maior. “No local, ele a beijou e passou a mão no corpo dela. E só não consumou o ato sexual pois ouviu um barulho e a mandou embora”, explica. No decorrer do inquérito, a polícia pediu a prisão preventiva do homem e ele foi encaminhado ao sistema prisional. Como a vítima tem apenas 13 anos, ele foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável.
A Polícia Civil reforça a importância de que todos os casos de violência contra crianças e adolescentes sejam denunciados aos órgãos competentes. O registro de ocorrência pode ser feito diretamente em uma unidade policial. Há, ainda, a possibilidade de denúncia pelo Disque 100.
Violentada após cirurgia
Ainda na última semana, outro crime de estupro também mobilizou a equipe da Deam de Vespasiano. Nesse segundo caso, um homem de 41 anos é investigado pelo estupro de uma mulher de 49. Ele já havia sido condenado a 26 anos de prisão por um outro estupro e ficou preso por cerca de 10 anos. Quando cometeu o segundo crime, o homem ainda usava tornozeleira eletrônica – e voltou a ser detido durante as investigações mais recentes.
De acordo com as apurações do novo inquérito policial, a vítima foi abordada pelo suspeito em um ponto de ônibus, no bairro Serra Dourada, na noite do último dia 22 de janeiro. A delegada Nicole Perim conta que, inicialmente, o homem pediu informações sobre como chegar a determinada localidade, mas simulou estar armado e obrigou a vítima a entrar no veículo dele, sob ameaça de morte.
Ainda segundo Perim, o deslocamento até um local ermo durou 20 minutos, e os abusos ocorreram durante todo o percurso. Quando o homem estacionou o carro atrás de um condomínio, tentou forçar relação sexual com a vítima, porém ela estava usando uma cinta e ele não conseguiu tirar a peça. “A vítima relata que estava chorando muito e falou com ele que tinha acabado de passar por uma cirurgia, estava com muitos pontos e sentindo muita dor. O suspeito então ficou nervoso e mandou que ela fosse embora”, detalha.
Três denúncias de estupro
“A equipe de investigadores percorreu com a vítima todo o caminho que o investigado tinha feito, analisou câmeras de segurança e entrevistou possíveis testemunhas. Por meio de uma parceria muito forte com a Polícia Penal, nós conseguimos chegar ao suspeito”, informa a delegada.
Nicole afirma ainda que, na versão apresentada pelo suspeito, ele alega que teria parado para obter informações, mas que a vítima pediu carona até uma igreja. Disse, ainda, que no caminho perguntou se poderia acontecer alguma coisa entre eles e, diante da negativa da vítima, determinou que ela saísse do carro. “O investigado já figura em outras três ocorrências de crime de estupro e ele alega a mesma coisa. E nega ter mantido relação com qualquer uma dessas mulheres”, pontua.
De acordo com a delegada, o suspeito já foi condenado a 28 anos de prisão por um crime de estupro, três de roubo e um de falsificação de documentos, além de figurar como autor em outras ocorrências. “Ele foi preso em 2008 e fugiu. Em 2009 foi recapturado e ficou no sistema prisional até 2020, quando foi colocado em liberdade com monitoração eletrônica”, descreve.
Ele foi preso novamente há pouco mais de um mês e, na última sexta-feira (26), a Polícia Civil conseguiu encontrar o celular da vítima, que havia sido levado pelo suspeito. O aparelho foi encontrado com um adolescente e o homem foi reconhecido como a pessoa que o repassou.
Com PCMG
