Risoleta Neves passa a atender apenas pacientes com risco de morte devido à superlotação

28/04/2025 às 15h24 - Atualizado em 28/04/2025 às 15h43
Risoleta Neves superlotação
O Hospital Risoleta Neves anuncia superlotação e suspende temporariamente novos atendimentos que não sejam emergência e urgência. (Divulgação/Hospital Risoleta Tolentino Neves)

O Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, voltou a suspender, temporariamente, nesta segunda-feira (28), os novos atendimentos no Pronto-Socorro para casos classificados como não-críticos. A decisão foi tomada em razão da superlotação da unidade, que opera atualmente com 90 leitos, mas, no início da tarde, registrava 171 pacientes em atendimento. Essa é uma medida que vem dois meses após a primeira decisão, em janeiro, de restringir os atendimentos.

Segundo o Hospital, apenas casos de emergência (com risco de morte) e muita urgência (que necessitam de atendimento imediato) estão sendo recebidos. Desde a última sexta-feira (25), a unidade registrou um aumento de 20% na procura de pacientes com maior gravidade, o que comprometeu a capacidade de admissão de novos casos.

A direção do Risoleta notificou a Rede de Urgência e Emergência de Belo Horizonte sobre a situação e solicitou apoio para o encaminhamento de pacientes a outras unidades da rede pública. A reportagem do BHAZ entrou em contato com a Prefeitura e aguarda resposta. 

De acordo com o Risoleta, todos os pacientes já em atendimento continuarão recebendo assistência normalmente. Medidas internas estão sendo adotadas para agilizar diagnósticos, promover altas hospitalares seguras e liberar leitos de forma responsável. Pacientes triados como não-críticos serão orientados a procurar outras unidades de saúde públicas de referência. Aqueles que optarem por permanecer no hospital serão informados sobre as limitações de atendimento.

O Hospital Risoleta lamentou o desconforto causado à população e reafirmou o compromisso com a prestação de serviços de saúde com segurança e qualidade, mesmo diante dos desafios impostos pela alta demanda.

A medida veio após a segunda notificação de superlotação, já que em janeiro de 2025, a gestão do Hospital já tinha soltado um comunicado afirmando que não teriam condições estruturais e de espaço físico, para atendimento de novos pacientes. Na época, o pronto-socorro que tem como capacidade máxima 90 pacientes, estavam lidando com o dobro, 180 pacientes. Durante este período a diretoria noticiou a Rede de Urgência e Emergência de BH.

Lavínia Fernandes

Aluna de Jornalismo na PUC Minas. Participou da publicação de um artigo em alfabetização midiática, pela Intercom. Foi estagiária de assessoria de comunicação na ALMG. Estagiária no BHAZ

Lavínia Fernandes

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Aluna de Jornalismo na PUC Minas. Participou da publicação de um artigo em alfabetização midiática, pela Intercom. Foi estagiária de assessoria de comunicação na ALMG. Estagiária no BHAZ

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