O Hospital das Clínicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) passa a ser o único centro de referência do estado para o Método Canguru, um modelo de assistência humanizada que incentiva o contato pele a pele entre mãe e bebê prematuro ou de baixo peso, resultando em um menor tempo de internação.
A outorga do título, concedida pelo Ministério da Saúde, ocorrerá nesta terça-feira (23), às 10h, no auditório do Instituto Alfa de Gastroenterologia (IAG), localizado no segundo andar do prédio principal.
“Evidências científicas mostram que, quando o bebê pré-termo é assistido por meio desse tipo de cuidado, há redução da mortalidade em 36%, na comparação com os cuidados convencionais, além de diminuição da ocorrência de infecção, hipotermia, aumento das taxas de aleitamento materno e redução da reinternação hospitalar”, informa a professora do Departamento de Pediatria da UFMG, Maria Cândida Ferrarez Bouzada Viana, consultora do Método Canguru do Ministério da Saúde e neonatologista do HC-UFMG.
Além disso, segundo a professora, o método pode reduzir a ocorrência de ansiedade e depressão nas mamães.
A Unidade Canguru do hospital tem quatro leitos e equipe multiprofissional especializada. Lá, o cuidado materno-infantil ocorre até os sete anos de vida para as crianças que nascem com idade gestacional abaixo de 34 semanas e/ou peso ao nascimento menor ou igual a 1.500 gramas. Esse serviço de seguimento é oferecido pelo Ambulatório da Criança do Risco (Acriar), que completou 35 anos no ano passado.
Pioneiro na implantação do Método Canguru
O Hospital das Clínicas da UFMG foi um dos pioneiros no Brasil a implementar o Método Canguru, em 1994. Neste ano, em que completa 30 anos de implementação dessa estratégia, o hospital também se torna polo de capacitação para profissionais do SUS (Sistema Único de Saúde) em Minas Gerais.
O método foi idealizado pelos médicos Edgar Sanabria Rey e Héctor Gomes Martínez, da Universidade Nacional de Bogotá, na Colômbia, na década de 1970.
Edgar e Héctor inspiraram-se nos cuidados que o canguru fêmea dispensa ao seu recém-nascido, que carrega o bebê na sua bolsa abdominal em aleitamento materno exclusivo.
Com Assessoria de Comunicação do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh