Idosa é detida suspeita de cometer injúria racial contra o vereador Marcos Crispim na CMBH

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Uma idosa de 62 anos foi conduzida à delegacia nesta segunda suspeita de cometer injúria racial contra o vereador Marcos Crispim (CMBH/Divulgação)

Uma idosa de 62 anos foi conduzida à delegacia nesta segunda-feira (24) suspeita de cometer injúria racial contra o vereador Marcos Crispim (Progressista) na CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte). O episódio ocorreu durante a aprovação em segundo turno da proibição do uso de linguagem neutra nas escolas.

Segundo o guarda municipal Hilton Miranda, a aposentada teria esfregado a mão na pele enquanto o vereador discursava contra a linguagem neutra. O gesto foi interpretado como racista por Crispim e outros parlamentares. 

A mulher foi levada para a Central de Flagrantes do Barreiro. Ao ser ouvida, ela alegou que possui uma alergia na pele e que, por esse motivo, teria passado a mão nos braços.

Pelas redes sociais, Crispim não se manifestou diretamente sobre o ocorrido, mas compartilhou mensagens de apoio feitas por outros vereadores. Ao BHAZ, a Polícia Civil informou que não foi possível ratificar a prisão em flagrante por não haver indícios suficientes que confirmem a intenção da suspeita de praticar o crime de injúria racial.

“Por essa razão, ela foi liberada e segue sendo investigada por meio de Inquérito Policial devidamente instaurado para a completa elucidação do caso”, informou a corporação. A reportagem também procurou a CMBH para obter um posicionamento sobre o assunto e aguarda o retorno.

Linguagem neutra

Os vereadores da CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte) aprovaram em segundo turno um projeto de lei que proíbe uso da linguagem neutra nas escolas da capital mineira. Uma lei com o mesmo objetivo já foi derrubada e considerada inconstitucional pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em Rondônia.

Por 32 votos a seis, o PL 54/2021, de autoria do ex-vereador Nikolas Ferreira (PL), foi aprovado na manhã desta segunda-feira (24) e agora segue para sanção ou veto do prefeito Fuad Noman (PSD). 

No projeto, o agora deputado federal sugeriu que ficasse “expressamente proibida a denominada ‘linguagem neutra’ na grade curricular e no material didático de instituições de ensino públicas ou privadas, assim como em editais de concursos públicos”.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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