iFood bane cliente suspeito de agredir motoboy em BH

iFood e motoboy agredido
Empresa também informou que repudia qualquer agressão ( Vinicius “amnx” Amano/Unsplash + Reprodução/Redes sociais)

O iFood baniu da plataforma o cliente suspeito de agredir, junto com parentes, um motoboy que fez uma entrega em Belo Horizonte, nessa terça-feira (15). A empresa também informou que repudia qualquer agressão, física ou verbal, a entregadores, restaurantes e consumidores vinculados ao aplicativo.

“A empresa informa que entrou em contato com o entregador para prestar apoio psicológico e jurídico e que deu entrada ao pedido de seguro para o profissional. O cliente foi banido da plataforma”, diz nota encaminhada ao BHAZ pelo iFood.

A plataforma também ressaltou que disponibiliza uma Central de Apoio Jurídico e Psicológico para entregadores, “como uma iniciativa de combate à discriminação, garantia de acesso à justiça e valorização e respeito destes trabalhadores”.

O iFood ainda reforçou a importância do código de segurança, que o cliente teria se negado a fornecer no ato da entrega. Segundo a empresa, a medida promove segurança tanto para os clientes quanto para os entregadores, pois é a garantia de que o pedido foi entregue.

“Por isso, esse código, que está disponível na tela de acompanhamento do pedido no aplicativo, só deve ser passado pelos clientes ao entregador ou entregadora no momento da entrega do pedido. Com essa confirmação, o iFood registra que a compra foi realmente feita e os entregadores são autorizados a entregar o pedido para os clientes”, diz o comunicado.

Motoboy agredido

Um motoboy de 20 anos foi agredido com uma muleta ao fazer uma entrega de um pedido por iFood, na tarde desta terça-feira (15), em Belo Horizonte. De acordo com registro policial, a família que fez o pedido desconfiou de que o jovem tivesse comido parte da feijoada.

O caso se deu no bairro Alto Caiçara, região Noroeste de BH. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a briga generalizada que envolveu o entregador; o cliente que fez o pedido, de 24 anos; o pai dele, de 44 anos; a mãe; uma irmã e um irmão, que estava com a muleta.

O responsável pelo pedido disse à polícia que viu no aplicativo que a entrega estava a caminho, mas que o motoboy teria tomado uma rota diferente. Ele afirma que mandou uma mensagem, mas não foi respondido, e que o entregador teria chegado ao endereço agindo com “arrogância”.

O cliente desconfiou do trabalhador e pediu para ver o pedido antes de informar o código necessário para encerrar a entrega. Segundo ele, em outras ocasiões, entregadores já teriam comido parte do pedido dele.

Ainda conforme relato do jovem, o motoboy se exaltou e pediu que ele informasse o código antes de conferir o pedido. Os dois, então, se exaltaram, e o pai dele saiu de casa para defendê-lo.

O cliente também afirma que o entregador deu um soco no rosto do pai, e uma briga generalizada começou. A mãe, a irmã e o irmão do jovem também foram ao portão, sendo que o irmão estava usando uma muleta. No vídeo, ele aparece usando o objeto para agredir o motoboy.

Relato do entregador

À PM, o entregador de 20 anos afirmou que ao chegar no endereço, pediu que o cliente informasse o código da entrega. Diante da recusa, ele disse que não mostraria o pedido antes de encerrar o serviço, já que a comida vinha em embalagens lacradas.

O motoboy afirma que o jovem começou a agredi-lo verbalmente, e quando o pai dele saiu de casa, ele o agrediu fisicamente. Ele se defendeu, e a briga começou.

O entregador foi conduzido ao Hospital Odilon Behrens com um corte profundo no antebraço, que foi suturado, e um corte na altura das costelas.

Polícia Civil informou que o motoboy, o cliente e o pai dele foram ouvidos pela Central Estadual do Plantão Digital. “Eles foram liberados após a assinatura de um termo de compromisso de comparecimento ao Juizado Especial Criminal”, esclarece a corporação.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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