Continua o impasse entre o Mercado Central do Centro e o do Mineirinho. Isso porque os representantes dos dois estabelecimentos apresentaram versões diferentes para a reunião que aconteceu esta semana para definir sobre o uso do nome “Mercado Central”.
De acordo com a advogada do Mercado Central do Centro, Rochane Matos, a reunião da última terça-feira (19) foi uma oportunidade para os conselheiros do “único mercado central existente”, conforme ela define, conhecerem a ideia do Mineirinho de explorarem a marca.
“Nada foi decidido. O próximo passo será uma reunião entre os 31 conselheiros do Mercado Central para que eles decidam o que acontecerá. Não podemos afirmar se foi um encontro proveitoso, nem mesmo se uma parceria será firmada com eles”, disse. A reunião entre os conselheiros ainda não está agendada.
O Bhaz conversou com o especialista jurídico Vinicius Oliveira para saber se existe a exclusividade do uso do nome. Ele contestou a existência de exclusividade por parte do Mercado Central “original”. De acordo com o especialista, apenas a logomarca é de uso restrito, sendo o nome liberado.
Já para Denison Coelho, representante do mercado do Mineirinho, a reunião foi proveitosa. “Ela foi ótima. Podemos prever um alinhamento entre os dois estabelecimentos. Existe até mesmo uma sinergia de projetos e ações”, disse.
Questionado se isso significa que os dois mercados serão parceiros daqui em diante, Denison prega cautela. “Realizaremos uma reunião na próxima semana para resolver a pendência em torno do nome. Mas temos o direito de uso de ‘Mercado Central do Mineirinho’, e não abriremos mão dele”, conclui.
A reunião foi realizada no escritório jurídico do Mercado Central, na avenida Augusto de Lima.