Influenciador é suspeito de incendiar 250 hectares do Rola Moça pra mostrar fogos de artifício

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Imagens de câmeras de segurança mostram o influenciador explodindo fogos de artifício no Parque Estadual da Serra do Rola Moça (CBMMG/Divulgação)

A Polícia Civil investiga um empresário e influenciador de 29 anos suspeito de provocar um incêndio florestal em uma área equivalente a 250 campos de futebol no Parque Estadual da Serra do Rola Moça, na Grande BH. Segundo as investigações, imagens de câmeras de segurança mostram o suspeito explodindo fogos de artifício no local, o que deu início às chamas.

Equipes do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente realizaram mandados de busca e apreensão na casa do suspeito e no local em que ele trabalha. Os policiais civis apreenderam o celular do homem, bem como uma quantidade de maconha encontrada com ele.

“Nós conseguimos visualizar que esse indivíduo chega ao topo e começa a explodir fogos de artifício. Em determinado momento, um desses fogos acaba se dirigindo em direção à mata e inicia-se o incêndio”, descreve o delegado Eduardo Vieira, responsável pelo inquérito.

‘Estratégia de marketing’ provoca incêndio no Rola Moça

Ainda segundo o delegado, o suspeito possui uma distribuidora de bebidas e comercializa celulares em redes sociais. Vieira explica que o homem utiliza da explosão de fogos de artificio para vender os produtos de sua loja.

“Um chamariz utilizado para ganhar atenção, like, seguidor, é justamente promover os produtos que ele vende por meio da explosão de fogos de artifício. Então, ele vende o produto e, ao mesmo tempo, na venda, ele vai explodindo fogos de artifício”, conta o investigador da Polícia Civil.

O gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Instituto Estadual de Florestas, Rodrigo Bueno, explica que o incêndio no Rola Moça consumiu cerca de 250 hectares da unidade de conservação.

A operação de combate às chamas durou dois dias e contou com a participação de mais de cem pessoas, incluindo profissionais de diversos órgãos do Estado e voluntários. Dois helicópteros e quatro aviões foram contratados para apagar os focos. O custo total ultrapassa R$ 600 mil.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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